Fávaro diz que prossegue em busca da pacificação do agro, mas que país ainda está rançoso

Episódio em que ‘foi desconvidado’ da abertura da Agrishow, em São Paulo, continua repercutindo

Fonte: CenárioMT

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O ‘desconvite’ para que Carlos Fávaro visitasse a abertura da Agrishow, em São Paulo, continua repercutindo na mídia. O evento, considerado o principal do agronegócio no Brasil, iniciou ontem. Sem a presença do Ministro da Agricultura, embora Fávaro estivesse na capital paulista, em outro evento.

O ministro cumpriu agenda durante o feriado em Brasília e São Paulo. Na capital paulista se encontrou com o governador Tarcísio de Freitas, empresários do agronegócio, entre eles Blairo Maggi. No mesmo local, Fávaro deu entrevista ao site AgFeed.

Desde que tomou posse, Fávaro declarou que estava em busca da pacificação do agro no país. Na última semana de abril chegou a realizar um encontro com ex-ministros da Agricultura. Segundo ele, o objetivo era mostrar que o sucesso do agro é fruto de ações coletivas. “Este agro forte, que gera emprego e gera muita abundância de alimentos para o Brasil e para o mundo, não é obra de uma pessoa só”, disse na entrevista.

Também ocorreram encontros com entidades do segmento agro e representantes da Confederação Nacional da Agricultura, que apresentaram demandas e sugestões para a agricultura brasileira. O Plano Safra encabeçou as discussões nestes encontros.

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Rançoso

Apesar de trabalhar pela pacificação do agro brasileiro, Fávaro diz que este é um caminho com alguns obstáculos. O ‘desconvite’ para a abertura da Agrishow foi uma demonstração disso. “O Brasil ainda está rançoso, está ácido, às vezes até inconsequente”, disse na entrevista.

Sobre o episódio, Carlos Fávaro explicou que o presidente da feira ligou pedindo que não fosse na abertura, para evitar constrangimentos com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Mas quero deixar claro que não foi uma questão de birra, de dizer que, se disseram isso, agora não vou de jeito nenhum. Não, não é isso. O que eu demonstrei para ele e a todos os outros que me pediram para ir é que a gente poderia perder o controle da situação. As coisas, como foram postas, não estavam mais sob o controle do governador ou do presidente da feira”, detalhou.

Por fim, Fávaro disse esperar que as ações do governo federal auxiliem o segmento a pacificar. Porém, deixou claro que o objetivo principal é a “retomada do reconhecimento mundial de que o Brasil é um grande produtor de alimentos e que faz isso com o uso de boas práticas no campo”.

Para alcançar esse objetivo, o governo vai condicionar a liberação do Plano Safra a algumas condicionantes, entre elas as questões ligadas a sustentabilidade. Os produtores que se enquadrarem nesses quesitos acessarão taxas de juros mais baixas. Além disso, o volume de recursos será maior. No ano passado foram ofertados R$ 340 bilhões. A previsão do Plano Safra deste ano é superar a cifra de R$ 400 bilhões.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.