Governador defende Projeto Antifacção como reforço ao combate criminal

Mauro Mendes afirmou que o Projeto Antifacção representa o primeiro avanço concreto para endurecer punições e impedir a rápida soltura de integrantes de facções.

Fonte: da Redação

Governador defende Projeto Antifacção como reforço ao combate criminal
Crédito: Mayke Toscano/Secom

O endurecimento das penas contra o crime organizado foi apontado pelo governador Mauro Mendes como a consequência imediata da aprovação do Projeto Antifacção na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (19/11). Segundo ele, a medida é o passo inicial para oferecer condições reais de enfrentamento às facções em todo o país.

O governador destacou que o texto ainda seguirá para análise do Senado e posterior sanção presidencial, mas já representa uma mudança esperada pelos estados, especialmente por Mato Grosso, onde, conforme afirmou, criminosos acabam retornando rapidamente às ruas devido às brechas da legislação atual.

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Durante entrevista à rádio CBN, Mendes afirmou que a polícia cumpre seu papel, mas enfrenta limitações impostas pela legislação vigente. O governador mencionou que muitos investigados voltam à liberdade em audiências de custódia, situação que, segundo ele, fragiliza o trabalho policial e amplia o risco para a população.

De acordo com o chefe do Executivo estadual, o projeto traz dispositivos que elevam significativamente as penas para crimes ligados ao funcionamento de facções. Entre os pontos citados, está o aumento para quem integra organizações criminosas comuns, cuja punição passa para 5 a 10 anos. Já facções classificadas como ultraviolentas poderão gerar condenações entre 8 e 15 anos.

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Mendes também ressaltou que homicídios cometidos sob ordem de facções subirão para 12 a 30 anos, passando a ser considerados hediondos. Outro elemento é a tipificação do chamado “domínio social estruturado”, quando grupos criminosos controlam áreas inteiras, que terá pena de 20 a 40 anos. No caso de lideranças, as condenações podem variar de 60 a 66 anos.

O governador frisou ainda que o projeto amplia agravantes relacionadas ao uso de drones, explosivos, armas de guerra, domínio territorial e participação de menores, dobrando o impacto dessas circunstâncias na pena final. Integrantes de facções também precisarão cumprir entre 70% e 85% da condenação para progredir de regime.

Para Mendes, a previsão de que líderes cumpram pena em presídios federais de segurança máxima é outro avanço relevante. Ele afirmou que a mudança impedirá que chefes de facções continuem influenciando atividades criminosas a partir do cárcere.

Impacto no Estado e próximos passos

O governador reiterou que Mato Grosso continuará adotando política de tolerância zero contra crimes ligados a facções e destacou que, se necessário, novas unidades prisionais serão construídas. Ele afirmou que o objetivo é impedir qualquer sensação de impunidade e reforçar que quem ingressa em grupos criminosos enfrenta apenas dois caminhos possíveis.

Com a tramitação agora nas mãos do Senado, o governo estadual aguarda a continuidade da proposta. Mendes reforçou que o estado seguirá colaborando para endurecer ações de combate e garantir que o sistema de segurança tenha instrumentos mais eficazes. A entrevista e todas as declarações do governador foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação do Governo do Estado.

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Criador de conteúdo especializado em jogos, tecnologia e notícias de Mato Grosso, é redator no CenárioMT e atua também como analista de TI. Desenvolve projetos de game design no tempo livre. Contato para pautas sobre Mato Grosso: [email protected]