Lumar Costa da Silva foi novamente colocado em regime de internação após decisão do juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, em Cuiabá, que ordenou sua transferência imediata de Campinas para a capital de Mato Grosso. A medida foi tomada depois que ele se envolveu em uma nova ocorrência e descumpriu uma ordem judicial.
Segundo informações da Justiça, o paciente havia sido desinternado em junho, quando um relatório técnico do Adauto Botelho recomendou o tratamento ambulatorial em Campinas, onde permanecia sob cuidados do pai. Porém, após a liberação, ele passou a responder a um inquérito policial por uma ameaça dirigida à ex-companheira.
A mulher, mãe da filha de 12 anos do investigado, possuía uma medida protetiva que impedia a aproximação. Mesmo assim, Lumar teria violado a determinação ao deixar Mato Grosso e seguir para Campinas, o que levou ao registro da nova ocorrência e reacendeu preocupações sobre seu comportamento violento.
Com isso, o magistrado revogou a desinternação e restabeleceu o regime de internação compulsória. A ordem foi cumprida na última sexta-feira (14), quando equipes locais recolheram o paciente em Campinas e o colocaram novamente sob custódia.
Conforme destacou o juiz, o Adauto Botelho é a única unidade com estrutura adequada para internações psiquiátricas forenses no estado, embora esteja superlotada e sem vagas disponíveis. Mesmo diante da falta de leitos, o magistrado avaliou que o risco para o próprio paciente e para terceiros tornava inviável aguardar uma vaga regular.
Determinação emergencial e logística da transferência
A decisão incluiu ainda a dispensa excepcional dos exames normalmente exigidos no protocolo de internação. O juiz considerou que a urgência da situação justificava o acolhimento imediato no complexo psiquiátrico, sem a necessidade de cumprir todos os trâmites previstos.
A Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) foi intimada a realizar o recambiamento dentro de um prazo máximo de cinco dias. O processo, segundo a ordem judicial, deve ocorrer de forma emergencial até que o paciente esteja novamente sob supervisão técnica no Adauto Botelho.
De acordo com os autos, o retorno de Lumar à estrutura psiquiátrica foi considerado indispensável diante de seu histórico e do comportamento recente registrado pela polícia. O juiz reforçou que a medida busca garantir segurança à vítima que possui a medida protetiva, à comunidade e ao próprio paciente, que continuará recebendo acompanhamento especializado.
Próximos passos do caso
Com o recambiamento em andamento, a investigação sobre a nova ocorrência prossegue. Caberá às autoridades responsáveis reunir os elementos necessários para esclarecer a suposta ameaça e avaliar eventuais medidas adicionais. A decisão judicial, conforme informações do processo, foi fundamentada na necessidade de proteção imediata e na manutenção do tratamento adequado em ambiente controlado.
As informações são da Justiça de Mato Grosso.


















