Lideranças indígenas usaram a Marcha Global dos Povos Indígenas, em Belém, para exigir justiça pelo assassinato de Vicente Fernandes Vilhalva Kaiowá, morto a tiros durante um ataque armado na retomada Pyelito Kue, em Iguatemi (MS).
O ataque também deixou quatro feridos, incluindo adolescentes e uma mulher. A comunidade relatou que os atiradores tentaram levar o corpo da vítima, mas foram impedidos pelos indígenas.
Vilma Vera Caletana Rios, do povo Avá Guarani, manifestou indignação e afirmou que a morte reforça a urgência de responsabilização dos envolvidos. Segundo ela, a violência recorrente contra povos originários não pode ser normalizada.
O coordenador do Conselho Indígena de Roraima, Paulo Macuxi, criticou a falta de ação das autoridades e ressaltou que vidas seguem sendo perdidas sem respostas efetivas da justiça.
Nadia Tupinambá, do território de Olivença, na Bahia, reforçou o apelo por respeito aos territórios e aos ancestrais, denunciando ataques frequentes e cobrando medidas concretas para proteger as comunidades.
As lideranças também apontaram que, enquanto debates ambientais avançam na COP30, a demarcação de terras indígenas segue negligenciada, deixando famílias expostas a ofensivas armadas e ações sem respaldo judicial. O ato encerrou com a reafirmação de resistência coletiva: “Somos todos Guarani Kaiowá”.















