O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Antonio José Campos Moreira, afirmou que o combate ao crime organizado requer articulação nacional e políticas de Estado, e não apenas ações de governo na área de segurança pública.
Durante o Congresso Nacional do Ministério Público, em Brasília, Moreira enfatizou que o Estado precisa oferecer respostas consistentes para não se deslegitimar.
O procurador destacou ainda que o Ministério Público deve atuar de maneira coordenada e integrada, com estrutura adequada, em vez de ações isoladas em seus órgãos de execução.
Ao detalhar a gravidade do cenário, ele mencionou o volume financeiro movimentado pelas organizações criminosas e, no caso do Rio de Janeiro, o impressionante poderio bélico das facções, que operam como verdadeiros exércitos equipados.
“O que há no Brasil é muito grave. A criminalidade organizada, historicamente subestimada, movimenta quantias vultosas, com enorme poder corruptor, capazes inclusive de desequilibrar a economia formal”, afirmou Moreira.
O procurador ressaltou que o Ministério Público deve agir sempre com prudência, equilíbrio e independência, evitando radicalismos ideológicos. Não se pode aderir nem a discursos que pregam o processo penal mínimo, nem a concepções que propõem a extinção do direito penal.

















