O tema da redação do Enem, que abordou as perspectivas do envelhecimento na sociedade brasileira, reacendeu debates sobre violações de direitos e o etarismo, preconceito relacionado à idade.
Professores ressaltaram que o assunto é atual, considerando o crescimento da população idosa no país e a necessidade de políticas públicas que garantam proteção e dignidade. Para a docente Bárbara Soares, o exame trouxe novamente uma questão social relevante, permitindo que estudantes refletissem sobre cuidados, vulnerabilidades e desafios no acesso a direitos.
O professor Thiago Braga lembrou que projeções indicam que, até 2070, quase 40% da população brasileira será composta por pessoas idosas. Ele destacou que o Estatuto da Pessoa Idosa pode servir como referência para discussões sobre inclusão e garantias constitucionais.
A professora Rayana Roale observou que o tema tem repertório amplo e já aparece em outras avaliações nacionais, o que facilita o desenvolvimento de argumentos pelos candidatos. Já a professora Michele Marcelino avaliou que o tema possibilita discutir preconceitos, abandono e mudanças sociais relacionadas ao envelhecimento.
A presidente da União Nacional dos Estudantes, Bianca Borges, destacou que o debate também alcança questões estruturais, como acesso ao trabalho digno, previdência e saúde pública. Ela ressaltou que o convívio entre gerações e a ampliação do acesso ao ensino superior contribuem para a transformação de percepções sobre o envelhecimento.


















