O governo federal antecipou a implementação do programa CEP para Todos, beneficiando mais de 12 mil favelas que não tinham um Código de Endereçamento Postal (CEP). A medida vai impactar aproximadamente 16,3 milhões de pessoas em 656 cidades brasileiras.
Lançado em novembro de 2024
O anúncio da antecipação foi feito pelo ministro das Cidades, Jader Filho, durante o Seminário da Moradia ao Território, destacando a importância de reconhecer e garantir dignidade às periferias.
“Mais do que um número, ter CEP é possibilitar dignidade para as pessoas que estão nas periferias e que não tinham acesso ao básico, como levar seus filhos a um posto de saúde próximo de casa, por exemplo”, afirmou o ministro.
O programa já concluiu a Meta 1 do CEP para Todos, implementando um CEP geral em cada uma das 12.348 favelas e comunidades urbanas mapeadas pelo IBGE, atingindo 8,1% da população brasileira.
Reparação histórica
“Estamos reparando um erro que demorou mais de 500 anos para ser corrigido, e não vamos parar. O CEP é apenas uma parte da nossa proposta de inclusão para garantir dignidade às pessoas que moram nas favelas”, destacou o secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões.
Na segunda etapa, o governo realizará levantamento interno nas comunidades para mapear ruas, vielas e becos, criando CEPs específicos por logradouro.
Próximas etapas
O foco inicial será nos 59 territórios do Periferia Viva, abrangendo mais de 300 favelas e comunidades que já recebem políticas públicas do Ministério das Cidades.
“A última etapa será garantir atendimento físico dos Correios em 100 favelas, selecionadas de acordo com a infraestrutura necessária para a implantação, distribuídas por todo o país”, explicou o ministério.