O Projeto Arena Viva, do Instituto Burburinho Cultural, começou a apresentar o espetáculo A História de Aya em escolas públicas de São Paulo na última segunda-feira (6).
Até sexta-feira (10), a peça será exibida gratuitamente, acompanhada de rodas de conversa e da distribuição de um guia educativo sobre empoderamento negro.
Estrelado pela atriz Fernanda Dias, com texto e direção de Vinícius Soares, o espetáculo busca proporcionar uma experiência etno educativa aos estudantes da rede pública.
Idealizado por Thiago Ramires, o projeto visa transformar pátios escolares em arenas teatrais com linguagem acessível para crianças e adolescentes. O objetivo é levar o teatro diretamente ao público jovem, fomentando reflexões sobre questões sociais relevantes.
“Arena Viva é praticamente uma plataforma de espetáculos engajada política e culturalmente, que não espera que o jovem vá ao teatro, mas leva o teatro diretamente para a sua segunda casa”, explica Ramires.
Teatro
O projeto planeja lançar anualmente novos espetáculos que conectam os estudantes a temas importantes, complementando com mediação e material educativo. O monólogo apresenta a trajetória de mulheres negras brasileiras como Ruth de Souza, Lea Garcia e Zezé Mota, além de distribuir mil guias educativos para alunos, bibliotecas escolares e secretarias de Educação.
“Estar ali como atriz e mediadora das conversas é um gesto de entrega, de afeto, de presença. Trocar com o público é mais do que um encontro: é semear consciência e tecer futuros possíveis com o fio do diálogo e da arte”, afirma Fernanda Dias.
O público-alvo são meninas a partir de 14 anos, com foco em equidade racial e empoderamento feminino.
Sinopse
A história acompanha Aya, uma menina negra com liderança, que após perder seu planeta em uma guerra, viaja pelo universo usando uma chave mágica, compartilhando conhecimentos sobre ancestralidade, natureza e cultura.
Ao longo da narrativa, Aya destaca trajetórias de mulheres negras importantes, mostrando seu impacto na história e no desenvolvimento do país.
O projeto seguirá em escolas como a EMEF Olivia Irene Bayerlein Silva, no dia 9, às 14h, e a E.E. Professora Anilza Pioli, no dia 10, às 10h, ambas em São Paulo.
