O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira (19) que não participará da Assembleia Geral da ONU, marcada entre 22 e 26 de setembro nos Estados Unidos, devido à possibilidade de votação da reforma do Imposto de Renda no Congresso Nacional.
“Eu vou permanecer no Brasil em virtude dessa possibilidade. Nós entendemos que, possivelmente, os líderes se reúnam na Câmara para julgar a conveniência e a oportunidade de levar a plenário na semana que vem. Eu estou ficando [no Brasil] um pouco em função disso”, disse Haddad em entrevista em São Paulo.
A proposta em análise na Câmara prevê isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e redução parcial para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Estudos do Dieese indicam que a medida pode dobrar o número de trabalhadores isentos, de 10 milhões para 20 milhões, enquanto a redução parcial beneficiaria 16 milhões de pessoas.
Atualmente, o IR não incide sobre salários de até dois salários mínimos, equivalentes a R$ 3.036 mensais. Em agosto, a Câmara aprovou por unanimidade o requerimento de urgência do projeto, possibilitando sua votação em plenário.
Ministro da Saúde também não vai
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também não integrará a comitiva brasileira à ONU. Segundo nota oficial, a decisão ocorreu após restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos ao visto do ministro, que limitariam seus deslocamentos do hotel para a sede da Assembleia e para instalações médicas em casos de emergência. Em agosto, o visto da esposa e da filha de Padilha foi cancelado pelo governo americano.

















