Projetos educacionais focados em sustentabilidade estão causando impacto direto nas comunidades brasileiras. Liderados por professores e alunos, essas iniciativas promovem inclusão, preservação ambiental e conscientização social.
Na 3ª edição do Prêmio Escolas Sustentáveis, anunciada nesta quarta-feira (17) em São Paulo, várias escolas foram reconhecidas por suas ações inovadoras.
Maria Raquel Santos, professora da Creche Municipal Magdalena Arce Daou, em Manaus (AM), destacou que a escola precisa ultrapassar seus muros para influenciar a sociedade. Seu projeto IncluARTE – SustentART combina arte e inclusão para crianças com deficiência, utilizando a sustentabilidade como eixo central.
O projeto envolveu famílias na construção de terrários como representação de micromundos, inspirados no Jardim Sensorial do Instituto Federal do Amazonas, culminando na criação de um jardim sensorial dentro da creche. A iniciativa também mobilizou a comunidade para recuperar áreas degradadas próximas à escola, com apoio da Secretaria de Meio Ambiente e da Secretaria de Limpeza Pública.
Ao todo, mais de 5 mil pessoas participaram das ações, que agora são replicadas em outras seis unidades de creches em Manaus.
Finalistas
Foram dez projetos finalistas, que receberão premiações em dinheiro e seguirão para a final internacional no Rio de Janeiro, em 21 de outubro, competindo com escolas do México e da Colômbia. O prêmio é promovido pela Fundação Santillana, Santillana e pela Organização de Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI).
Luciano Monteiro, diretor da Fundação Santillana no Brasil, ressaltou que o prêmio cria um banco de exemplos inspiradores, valorizando boas práticas e incentivando outras escolas da América Latina.
Outro destaque foi o projeto AquaTerraAlert, da Escola Estadual Brasil, em Limeira (SP), que desenvolveu um sistema de monitoramento de enchentes e deslizamentos de terra. Alunos do 6º ano construíram protótipos com sensores de LED e ultrassônicos para alertar a comunidade sobre riscos iminentes.
O projeto envolveu diversas disciplinas e engajou pais, professores e estudantes. A iniciativa recebeu elogios da Defesa Civil local e exemplifica como a escola pode integrar tecnologia e conscientização ambiental.
Segundo Rodrigo Rossi, diretor da OEI no Brasil, o prêmio já se consolidou como uma das mais importantes iniciativas ibero-americanas para promover educação voltada à sustentabilidade, preservação ambiental e desenvolvimento social.