Careca depõe em CPMI do INSS sob forte esquema de segurança

O empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, prestará depoimento à CPMI nesta segunda-feira, após ser preso por fraudes.

Fonte: CenárioMT

Careca depõe em CPMI do INSS sob forte esquema de segurança
Careca depõe em CPMI do INSS sob forte esquema de segurança - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, confirmou que Antonio Carlos Camilo Antunes, apelidado de Careca do INSS, será ouvido pelos parlamentares nesta segunda-feira (15). O depoimento ocorre poucos dias após a prisão do empresário pela Polícia Federal, acusado de envolvimento em um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.

Segundo Viana, a defesa do investigado, representada por Cleber Lopes, já confirmou a presença. O senador destacou que a expectativa é de uma colaboração voluntária: “Nós esperamos que ele exponha com clareza tudo o que sabe em relação ao escândalo do INSS”, afirmou.

No sábado (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, autorizou que investigados decidam se desejam ou não comparecer à CPMI. Apesar disso, Antunes deverá comparecer, ao contrário de outros envolvidos.

Também está agendado para quinta-feira (18) o depoimento do empresário Maurício Camisotti, preso na mesma operação que levou o Careca do INSS à custódia.

Esquema de segurança

O presidente da CPMI informou que foi montado um esquema especial de segurança para garantir a condução do depoente. Antunes será escoltado pela Superintendência da PF em Brasília até o Congresso Nacional, onde ficará sob responsabilidade da polícia legislativa durante a sessão.

De acordo com Viana, todo o procedimento já estava previsto na decisão do ministro Mendonça, que condicionou a participação facultativa dos investigados ao cumprimento de protocolos de segurança.

Ressarcimento aos prejudicados

O Ministério da Previdência Social comunicou, na sexta-feira (12), que já devolveu R$ 1,29 bilhão a aposentados e pensionistas que tiveram valores descontados de forma irregular de seus benefícios.