Educação patrimonial ganha força em parceria entre Iphan e CCBB

Evento no Rio de Janeiro reúne debates e projetos para valorizar e preservar o patrimônio cultural brasileiro, com apoio de diferentes esferas públicas.

Fonte: CenárioMT

Educação patrimonial ganha força em parceria entre Iphan e CCBB
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A educação patrimonial está no centro da parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O encontro Iphan e CCBB: patrimônio e territórios, iniciado no dia 27 de agosto, no Rio de Janeiro, segue até 1º de setembro com debates e apresentações sobre projetos de preservação cultural.

De acordo com o presidente do Iphan, Leandro Grass, o edital lançado em 2023 recebeu 72 propostas de Organizações da Sociedade Civil e entidades públicas, com valores entre R$ 200 mil e R$ 250 mil. Quinze projetos já receberam investimentos imediatos, somando um total de R$ 2 milhões.

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Entre os destaques, Grass citou iniciativas como o inventário participativo no Distrito Federal, em que a própria comunidade identifica referências de patrimônio cultural. Também se sobressaíram o Centro de Folclore e Arte Popular de Caxias (MA), a Associação Cultural Jornada Literária do DF, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, o Observatório de Favelas do Rio de Janeiro e a Associação Cultural Quilombola Manzo Ngunzo Kaiango, de Belo Horizonte.

Além dos projetos, o evento apresentou o Projeto Corpo Morada – Inventários e Educação Patrimonial nas favelas da Leopoldina e retomou o programa Casas do Patrimônio, voltado para oficinas e atividades comunitárias em espaços físicos do Iphan.

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Segundo Grass, a preservação exige cooperação entre sociedade, prefeituras, governos estaduais e União. Ele ressaltou que o patrimônio cultural é competência compartilhada e não pode depender apenas de recursos federais. “Se não houver pacto federativo, não conseguiremos atender à demanda de conservação e restauro”, afirmou.

O presidente destacou ainda investimentos de R$ 700 milhões em 144 obras via PAC e a aplicação de recursos do Fundo de Direitos Difusos do Ministério da Justiça. Outro incentivo é a Lei Aldir Blanc, que estimula municípios a destinarem verba para ações culturais.

Grass também citou parcerias com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, para envolver dioceses e congregações religiosas na preservação, além de mecanismos adotados por cidades como Salvador, Recife e Rio de Janeiro, que oferecem benefícios fiscais a quem investe em imóveis históricos.

A entrada para o evento é gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria do CCBB, no centro do Rio de Janeiro. A programação inclui rodas de conversa, palestras, oficinas, minicurso e uma caminhada cultural.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.