Fiscalização digital já pode ser feita com estruturas existentes, afirma secretário

João Brant destacou que o Brasil já possui órgãos capazes de assumir a regulação prevista no PL da Adultização, aprovado pela Câmara.

Fonte: CenárioMT

Fiscalização digital já pode ser feita com estruturas existentes, afirma secretário
Foto: Tania Rego/Agência Brasil

O secretário de Políticas Digitais da Presidência da República, João Brant, afirmou que o Brasil já dispõe de estruturas capazes de fiscalizar o ambiente digital, sem a necessidade de criar uma nova entidade do zero. A declaração foi dada em entrevista à TV Brasil, após a aprovação do Projeto de Lei 2.628/2022, conhecido como PL da Adultização.

O texto aprovado pela Câmara dos Deputados prevê que a fiscalização seja feita por uma autoridade nacional autônoma, com autonomia para zelar, regulamentar e garantir o cumprimento da lei. Brant ressaltou que o país já possui órgãos criados por lei que podem ser adaptados para essa função. “Podemos aproveitar estruturas já existentes e adequá-las a essas competências. Não é preciso começar do zero”, disse.

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Segundo o secretário, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) é uma das instituições que podem ganhar robustez e novas atribuições para cumprir o papel de fiscalização. Ele frisou que o objetivo não é o governo definir conteúdos que devem permanecer ou ser removidos da internet, mas sim assegurar que as plataformas cumpram responsabilidades na proteção de crianças e adolescentes.

Brant destacou ainda que a definição sobre qual entidade assumirá a função depende da conclusão da tramitação do projeto no Congresso e da sanção presidencial. O PL foi proposto pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e aprovado na Câmara em votação simbólica. Como sofreu alterações, retorna ao Senado para avaliação final.

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O projeto estabelece 41 artigos distribuídos em 16 capítulos, impondo às plataformas digitais a adoção de medidas razoáveis para prevenir que crianças e adolescentes tenham acesso a conteúdos ilegais ou inadequados, incluindo exploração sexual, violência, assédio, jogos de azar e práticas publicitárias enganosas.

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Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.