O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, teve a prisão preventiva mantida após nova audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (4). A decisão foi tomada pela juíza Laura Noal Garcia, da Central de Custódia, que considerou válidos o mandado de prisão e o ato prisional. Com isso, Oruam será transferido para uma cela coletiva no Presídio Bangu 3, no Rio de Janeiro.
Segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a galeria destinada ao artista abriga presos ligados à facção criminosa Comando Vermelho.
Entenda o caso
Oruam está preso desde o dia 22 de julho, quando se entregou à Polícia Civil. A prisão ocorreu um dia após ele e alguns amigos lançarem pedras contra policiais civis que tentavam cumprir um mandado de prisão contra um adolescente, supostamente escondido na casa do artista, localizada no bairro do Joá, zona oeste do Rio. O adolescente conseguiu fugir da abordagem.
Denúncia formalizada
No dia 30 de julho, a Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou Oruam réu por tentativa de homicídio qualificada. A decisão foi assinada pela juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal, que também incluiu Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, amigo do rapper, no processo.
De acordo com o MP, os envolvidos arremessaram pedras de alturas superiores a 4 metros, com pesos entre 130 gramas e 4,85 quilos, contra os agentes da Polícia Civil.
Além da acusação de tentativa de homicídio, Oruam também responde por associação ao tráfico, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. O MP ainda destacou que o cantor teria tentado intimidar os agentes ao afirmar ser filho de Marcinho VP, líder da facção Comando Vermelho.
O processo segue em andamento, com o rapper detido em regime preventivo enquanto aguarda os próximos desdobramentos judiciais.