O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, tornou-se réu por tentativa de homicídio qualificado após decisão da Justiça do Rio de Janeiro. A juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal, aceitou a denúncia do Ministério Público e também tornou réu Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, amigo do artista.
O caso aconteceu em 21 de julho, durante uma operação da polícia na residência de Oruam, no bairro Joá, zona oeste do Rio. Os agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão relacionado a um adolescente. Segundo a acusação, o artista e seu amigo lançaram pedras do alto da casa, a uma altura de 4,5 metros, com pesos variando entre 130 gramas e 4,85 quilos.
A denúncia, apresentada no dia 28, ocorre enquanto o funkeiro segue em prisão preventiva desde 22 de julho, data em que se entregou à Polícia Civil. Em comunicado anterior nas redes sociais, Oruam afirmou estar colaborando com a Justiça.
Além da tentativa de homicídio, o artista responde por associação e tráfico de drogas, resistência, desacato, ameaça, dano ao patrimônio público e lesão corporal. A menção de que seria filho de Marcinho VP, líder do Comando Vermelho, também foi registrada na acusação como tentativa de intimidação.
Duas ações penais foram abertas. A 1ª Promotoria de Investigação Penal da Zona Sul e Barra denunciou Oruam e Willyam no caso do ataque aos policiais. Já a Promotoria da 27ª Vara Criminal apresentou nova denúncia envolvendo lesão corporal e outros crimes, que também envolve Pablo Ricardo de Paula Silva de Morais e Victor Hugo Vieira dos Santos.
Na decisão, a juíza destacou que as atitudes do artista têm impacto negativo na sociedade, incentivando comportamentos de confronto com autoridades. Afirmou que a visibilidade de Oruam pode influenciar jovens a adotar condutas semelhantes, o que exige respostas firmes como a prisão preventiva.
Oruam permanece detido no presídio Bangu 3, à disposição da Justiça, aguardando os desdobramentos do processo.