Flávio Dino defende Moraes após nova sanção dos EUA

Ministro do STF criticou punições e elogiou postura de Alexandre de Moraes diante das investigações sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro.

Fonte: CenárioMT

Brasília (DF) 14/08/2024 Os ministros do STF, Flávio Dino e Alexandre de Moraes, participam do seminário
Flávio Dino defende Moraes após nova sanção dos EUA - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, saiu em defesa de Alexandre de Moraes, também integrante da Corte, após a imposição de novas sanções pelos Estados Unidos. As medidas foram anunciadas nesta quarta-feira (30), com base na Lei Magnitsky, legislação que permite punições a estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos.

Dino manifestou apoio por meio de publicação nas redes sociais. Moraes é responsável pela relatoria das ações que investigam a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro, além de processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do ex-presidente norte-americano Donald Trump.

Minha solidariedade pessoal ao ministro Alexandre de Moraes. Ele está apenas fazendo o seu trabalho, de modo honesto e dedicado, conforme a Constituição do Brasil. E as suas decisões são julgadas e confirmadas pelo colegiado competente (Plenário ou 1ª Turma do STF)”, escreveu Dino.

Para reforçar sua declaração, o ministro citou um versículo bíblico: “Isaías 32: o homem nobre faz planos nobres, e graças aos seus feitos nobres permanece firme”.

Até o momento, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e os demais ministros ainda não comentaram publicamente a nova sanção.

Essa é a segunda medida punitiva imposta a Moraes pela administração Trump. No dia 18 de julho, os EUA revogaram os vistos do ministro, de seus familiares e de aliados na Corte.

A decisão ocorreu após Moraes abrir um inquérito que apura a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, junto ao governo norte-americano para pressionar contra o STF e interferir nas ações penais sobre o 8 de janeiro.

Eduardo Bolsonaro se licenciou do mandato em março e se mudou para os Estados Unidos, alegando perseguição política. A licença terminou no último dia 20.

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