São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro concentram o maior número de adesões ao acordo firmado pelo governo federal para restituir valores descontados de forma indevida nos benefícios previdenciários.
Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apontam que 1.052.128 pessoas já solicitaram o ressarcimento. Destas, 196.160 vivem em São Paulo, 99.949 em Minas Gerais e 93.738 no Rio de Janeiro.
Outros estados com altos índices de adesão incluem Ceará (56.417), Pernambuco (50.206), Rio Grande do Sul (48.316) e Maranhão (43.116). Roraima registra o menor número de pedidos, com 1.960 adesões até a manhã desta quinta-feira (24).
O levantamento confirma a abrangência do esquema de descontos indevidos desvendado pela Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União em abril. A investigação revelou que entidades civis, sindicatos e associações conseguiram impor ao INSS descontos mensais irregulares, conhecidos como mensalidades associativas, diretamente nos benefícios de milhões de aposentados e pensionistas.
Entre os 9,3 milhões de beneficiários consultados pelo INSS, cerca de 2,05 milhões estão aptos a aderir ao acordo de devolução.
O pagamento dos valores começou nesta quinta-feira (24), contemplando nesta primeira etapa cerca de 533 mil beneficiários que aderiram até 21 de julho. Os próximos reembolsos seguirão um cronograma diário, com lotes de até 100 mil pessoas, conforme a ordem de adesão.
Os canais de contestação continuam abertos até pelo menos 14 de novembro de 2025. A adesão ao acordo pode ser feita gratuitamente pelo aplicativo Meu INSS ou em agências dos Correios. Não é necessário apresentar documentos e o procedimento dispensa ação judicial, desde que os descontos tenham ocorrido entre março de 2020 e março de 2025.
