Um adolescente de 17 anos foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo suspeito de invadir mais de 40 condomínios de luxo em seis estados brasileiros, incluindo Mato Grosso. Ele usava roupas de grife, relógios caros e uma postura confiante para se passar por morador ou visitante e ter acesso aos apartamentos.
Segundo as investigações, o prejuízo estimado passa de R$ 30 milhões. O jovem era conhecido por agir com naturalidade: usava fones de ouvido, mochilas de marca e até perucas ou símbolos religiosos para despistar suspeitas. Em alguns casos, ele se aproveitava de portões abertos por moradores ou inventava histórias para enganar porteiros, chegando a ameaçar funcionários que questionavam sua presença.
As câmeras de segurança mostraram o rapaz entrando nos prédios com confiança, acenando para a portaria como se fosse conhecido dos funcionários. Em seus furtos, ele era seletivo: levava joias, dinheiro vivo, relógios de luxo e deixava itens volumosos para trás. Em Foz do Iguaçu (PR), por exemplo, roubou cerca de R$ 6 milhões em joias e dinheiro vivo.
O adolescente começou a praticar crimes aos 13 anos. Aos 14, foi apreendido após furtar joias e relógios avaliados em R$ 3 milhões em um apartamento. Depois de cumprir quase dois anos na Fundação Casa, voltou a atuar. Em São Paulo, ele morava sozinho em um imóvel de alto padrão e usava um carro de luxo durante as ações. Parte do dinheiro roubado era repassada a receptadores que ajudavam a escoar os bens furtados.
Para prevenir invasões como essas, especialistas recomendam rigor nos procedimentos de portaria, treinamento constante para funcionários, investimento em tecnologia de acesso e apoio aos colaboradores que impedem a entrada de pessoas suspeitas. A prática conhecida como ‘carona’, quando moradores permitem a entrada de desconhecidos, é apontada como uma das maiores falhas de segurança em condomínios.