O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), não mediu palavras ao criticar a recente decisão do Congresso Nacional de elevar a verba do Fundo Eleitoral.
Em entrevista, Mendes classificou como uma “incoerência” o fato de deputados exigirem cortes de gastos do Governo Federal, enquanto aprovam um acréscimo de R$ 164 milhões para as eleições de 2026.
Para o governador, é um contrassenso.
“Não tem sentido o Brasil gastar dinheiro demais com as eleições. Isso não está sendo sadio e saudável para a democracia brasileira”, declarou Mendes, que vê um descompasso entre a demanda por austeridade e o aumento das próprias despesas políticas.
Duplo padrão em Brasília: Exigir cortes e gastar mais
Mendes aprofundou sua crítica, apontando o que considera um duplo padrão:
“Se o Congresso exige isso do governo federal, como é que ele aumenta a despesa no processo eleitoral? É uma grande incoerência. Me desculpe, mas todos os parlamentares que votaram, estão sendo incoerentes”. A fala do governador ressalta a tensão entre a retórica da contenção de gastos e as práticas legislativas.
Ao final, Mendes lembrou que, embora os deputados tenham autonomia, eles são eleitos e devem agir conforme sua consciência e os interesses de seus eleitores.
“Eles vão prestar conta sobre isso”, concluiu, sugerindo que a decisão terá impacto na avaliação popular.