Pantanal em chamas: junho de 2024 marcou recorde histórico de queimadas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

Fonte: CENÁRIOMT

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O Pantanal enfrenta um cenário alarmante de queimadas neste ano. Até o dia 28 de junho, foram registrados 2.632 focos de calor, o que representa um incêndio a cada 15 minutos. Esse número torna o primeiro semestre de 2024 o período com maior incidência de queimadas desde o início do monitoramento pelo INPE em 1998. O total de queimadas no período já chega a 3.531.

A principal preocupação dos ambientalistas é o fato de que o fogo começou a se intensificar mais cedo do que o normal. A média histórica para junho é de 154 focos de calor, enquanto este ano já foram registrados mais de 2.600. Historicamente, os incêndios no Pantanal se intensificam em julho, atingem o pico em agosto e começam a diminuir em setembro, mesmo que ainda continuem em níveis elevados. Até o momento, o mês de junho com maior número de focos de calor era 2005, com 435 registros.

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Os dados do INPE revelam que apenas no dia 14 de junho foram registrados 387 focos de calor, o maior número para um período de 24 horas. Diversos fatores contribuem para a situação crítica do Pantanal:

  • Seca recorde: Especialistas apontam que o El Niño, um fenômeno climático que causa alterações nas chuvas, ocasionou a seca mais severa em mais de 70 anos na região.
  • Temperaturas elevadas: A vegetação seca se deparou com temperaturas ainda mais altas devido à emergência climática, intensificando o risco de incêndios.
  • Ventos: A ação dos ventos facilita a propagação do fogo, tornando o combate ainda mais desafiador.

Combate às chamas:

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O combate aos incêndios no Pantanal exige esforços redobrados. Desde o sábado (29), os brigadistas contam com o reforço da aeronave KC-390 Millennium, capaz de transportar até 12.000 litros de água. No dia 1º de julho, quatro voos foram realizados com despejo de água sobre as áreas afetadas.

A Força Aérea Brasileira (FAB) explica que a aeronave é abastecida em uma piscina de 22 mil litros em Corumbá (MS) antes de decolar para as missões de combate ao fogo. Na água utilizada no combate, é adicionada uma substância chamada retardante, que reduz o poder das chamas e dificulta a queima de materiais combustíveis ainda não inflamados.

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Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.