Com 6 contas atrasadas, UFMT tem fornecimento de energia elétrica suspenso por falta de pagamento

Segundo a UFMT seis contas estão em atraso, sendo quatro do ano de 2018 e duas de 2019. Para a Adumat, o corte de energia está diretamente ligado com o bloqueio de 30% no orçamento da instituição.

Fonte: G1 MT

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UFMT teve fornecimento de energia suspenso por falta de pagamento — Foto: Reprodução

O fornecimento de energia elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi suspenso nesta terça-feira (16) por falta de pagamento. Ao todo, segundo a instituição, seis contas estão em atraso, sendo quatro do ano de 2018 e duas de 2019.

O valor da dívida com a concessionária de energia elétrica não foi informado.

Em nota, a UFMT informou que deve realizar uma reunião durante a tarde e emitir um comunicado sobre os avanços e resultados do encontro.

Além do campus em Cuiabá, o corte afeta os campi do interior. Com a suspensão no fornecimento, os estudantes e pesquisadores temem perder material e amostras de estudos em andamento.

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De acordo com o professor Aldir Nestor de Souza, diretor-geral da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), o corte de energia está diretamente ligado com o bloqueio de 30% no orçamento das instituições públicas federais.

“Com o bloqueio, a UFMT ficou impossibilitada de honrar com os compromissos, entre eles a conta de energia”, comentou. Segundo ele, todas as atividades da universidade foram suspensas e não há previsão para o retorno.

O bloqueio de 30% dos repasses foi anunciado em maio. À época, a reitora da UFMT, Myrian Serra, afirmou ao G1 que a instituição só teria condições para funcionar até o mês de julho, caso a situação não fosse revista.

“A UFMT pode parar. Com o recurso que temos a garantia de funcionamento no campus de Cuiabá é até julho. O corte inviabiliza que nós honremos com os nossos compromissos que são contratos geridos pela instituição”, explicou Myrian.

A média de custeio da UFMT é de aproximadamente R$ 90 milhões ao mês. Na conta entram os custos básicos, como água, luz, segurança do campus, internet e limpeza.

“Não vamos ter condições de funcionar porque questões básicas não poderão ser atendidas. Não vai ter água para beber, água no banheiro e energia elétrica, que alimenta não só as salas de aula, mas os sistemas, já que tudo é eletrônico”, completou a reitora.

Atualmente, a UFMT oferece 113 cursos de graduação, sendo 108 presenciais e cinco na modalidade a distância (EaD), em 33 municípios mato-grossenses. Possui 25.435 mil estudantes, distribuídos em todas as regiões de Mato Grosso.