Por que não usar comida no cabelo? Especialista alerta: Prática oferece mais riscos do que benefícios!

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close up de uma mulher sorridente de olhos verdes sem maquiagem na parede branca o modelo demonstra beneficios para a pele do abacate scaled 1

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Quem nunca ouviu falar das famosas receitas caseiras para cuidar dos cabelos? Vinagre para dar brilho, mel para hidratar, abacate para fortalecer… Parece tentador recorrer à despensa da cozinha em busca de soluções capilares. No entanto, o dermatologista Gustavo Martins faz um alerta importante: utilizar comida nos cabelos pode trazer mais problemas do que benefícios reais. Vamos entender o porquê?

De acordo com o Dr. Martins, embora os tratamentos capilares com receitas caseiras possam conferir benefícios momentâneos, como brilho e maciez, eles não estão realmente tratando os fios. “Ao aplicar alimentos nos cabelos sem passarem por um processamento adequado, podemos até obter alguns resultados superficiais, mas o cabelo não está recebendo um tratamento tão efetivo quanto quando usamos cosméticos”, explica o especialista. A saúde capilar está diretamente ligada à alimentação e à ingestão de água, ou seja, o que ingerimos é fundamental para a saúde dos fios, não apenas o que aplicamos externamente.

Um dos motivos para a popularização das receitas caseiras nos cabelos é o custo, já que produtos tradicionais de cuidados capilares podem representar um investimento considerável. No entanto, é importante destacar que as marcas perceberam essa demanda e passaram a oferecer produtos acessíveis, que tratam os cabelos de forma efetiva, deixando-os hidratados, fortes e bonitos.

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O Dr. Martins ressalta que a utilização de alimentos nos cabelos pode trazer riscos à saúde capilar. Por exemplo, o vinagre, amplamente utilizado para dar brilho aos fios, pode ressecá-los e causar dermatite devido à sua acidez. Além disso, o acúmulo de resíduos de alimentos não removidos completamente durante a lavagem pode deixar os cabelos opacos. Ingredientes comuns, como mel e abacate, podem até promover a proliferação de bactérias e fungos nos cabelos, uma vez que são difíceis de remover completamente durante a lavagem.

Segundo o dermatologista, é um equívoco pensar que ingredientes naturais, como abacate ou mel, presentes em shampoos e máscaras, agirão da mesma forma que quando aplicados diretamente nos fios. Isso ocorre porque as moléculas têm tamanhos diferentes e não penetram da mesma maneira. Para potencializar os tratamentos capilares de forma ”caseira”, o Dr. Martins sugere o uso de óleos vegetais, como o de semente de uva, ou ingredientes como glicerina e queratina vegetal.

Para ele, utilizar comida nos cabelos é um desperdício e pode gerar mais problemas do que benefícios reais. “É um mito acreditar que os alimentos tratam profundamente os fios ou os recuperam. Na realidade, qualquer produto aplicado nos cabelos apenas disfarça os danos, pois nossos fios são matéria morta. Portanto, é mais recomendado ingerir esses alimentos, aproveitando seus benefícios nutricionais, em vez de desperdiçá-los aplicando diretamente nos fios. Afinal, a beleza capilar vem do que ingerimos e é refletida através de uma alimentação equilibrada e de um cuidado capilar adequado, com produtos desenvolvidos especificamente para tratar os fios de maneira efetiva”, finaliza.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.