O governo de São Paulo apresentou nesta quinta-feira (9) um protocolo inédito no Brasil para detectar metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. A medida, desenvolvida pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), já identificou 30 casos confirmados e está sendo compartilhada com outros estados.
Segundo o órgão, o novo procedimento possibilita resultados mais rápidos e seguros, permitindo que peritos determinem a presença e a porcentagem de metanol mesmo antes da conclusão do laudo técnico. A tecnologia também ajuda a diferenciar produtos falsificados, ainda que não contenham o composto tóxico.
O processo inclui quatro etapas principais: seleção de amostras, verificação de lacres e rótulos, análise química preliminar e, por fim, separação dos componentes por cromatografia gasosa. Essa metodologia garante maior precisão na detecção de substâncias potencialmente perigosas ao consumo humano.
A perita Karin Kawakami, assistente técnica da SPTC, destacou que o sistema foi aprimorado para atender à crescente demanda por análises rápidas. “Seguimos protocolos internacionais para identificar tanto o metanol quanto falsificações, mas aprimoramos o processo para agilizar os resultados diante da grande demanda no estado e no Brasil”, explicou.
Com o novo protocolo, São Paulo busca reforçar o combate à adulteração de bebidas e reduzir os riscos à saúde causados por produtos irregulares no mercado.