A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro iniciou nesta segunda-feira (4) a ampliação da faixa etária para a vacinação contra o HPV, incluindo agora adolescentes e jovens de 15 a 19 anos. A medida visa alcançar cerca de 520 mil pessoas que ainda não foram imunizadas, com a meta de vacinar 90% desse público até o fim de 2025. Até então, o imunizante era oferecido apenas para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.
O HPV, papilomavírus humano, é reconhecido como a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. Com mais de 200 tipos identificados, alguns provocam verrugas genitais e outros podem causar diferentes tipos de câncer.
Estudos recentes, como um realizado na Inglaterra, mostram que a vacinação pode reduzir em até 87% os casos de câncer do colo do útero. A prevenção também inclui o uso de preservativos, que diminuem o risco de transmissão do vírus.
“Nosso foco é proteger adolescentes e jovens adultos que não tiveram a oportunidade de se vacinar na idade recomendada. O HPV é uma ameaça silenciosa, mas a vacina é segura, eficaz e gratuita”, destacou a secretária de Saúde, Claudia Mello. Ela reforçou a mobilização da rede de saúde e educação para ampliar o alcance da campanha.
Além dos adolescentes, adultos imunossuprimidos, incluindo pessoas vivendo com HIV, transplantados e vítimas de violência sexual, também podem receber a vacina pelo SUS até os 45 anos, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.
HPV: riscos e prevenção
A infecção atinge homens e mulheres e pode ser transmitida mesmo na ausência de sintomas. Nos homens, pode causar verrugas genitais e aumentar os riscos de câncer de pênis, ânus e orofaringe. A vacinação é recomendada a partir dos 9 anos, assim como o uso de preservativos como forma de prevenção.
Em mulheres, o HPV está associado ao desenvolvimento de câncer de colo do útero, vulva e vagina. Além da vacina, o exame preventivo Papanicolau é essencial para detectar alterações precoces provocadas pelo vírus.
