Portos e aeroportos deverão alertar viajantes sobre mpox com materiais informativos

Nova norma da Anvisa exige a exposição de informações sobre mpox em áreas de desembarque internacional e orientações sonoras sobre o sarampo em voos.

Fonte: CenárioMT

Movimentação no Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek, durante paralisação dos aeronautas
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Portos e aeroportos de todo o país terão que exibir materiais informativos sobre a mpox, conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os cartazes com orientações sobre sintomas e medidas de prevenção da doença devem ser instalados em áreas de desembarque internacional, enquanto durar a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).

Além disso, empresas aéreas estão obrigadas a emitir mensagens sonoras a bordo sobre o sarampo, doença que ainda está em processo de eliminação no Brasil. Em voos internacionais, os avisos deverão ser veiculados também em espanhol e inglês, dado que o sarampo está classificado como Evento de Saúde Pública.

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A medida faz parte de uma nova instrução normativa da Anvisa, aprovada pela diretoria colegiada da agência no dia 28 de julho. O documento estabelece ações temporárias de saúde voltadas a portos, aeroportos e operadores de transporte, com base no cenário epidemiológico nacional e internacional.

A mpox e o sarampo exigem apenas ações de comunicação, como a divulgação dos materiais informativos, sem recomendação de outras medidas sanitárias voltadas a passageiros ou meios de transporte.

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A poliomielite, embora também esteja listada como emergência internacional, não demanda atualmente ações específicas de saúde ou informativas nos ambientes de transporte.

A instrução será atualizada conforme orientações do Ministério da Saúde e do Comitê de Monitoramento de Eventos de Saúde Pública (CME), além de diretrizes técnicas dos Centros de Operação de Emergência (COEs).

Segundo a Anvisa, a medida é reflexo das lições aprendidas durante a pandemia de covid-19, que exigiu ações rápidas e coordenadas para evitar a disseminação de doenças nos pontos de entrada do país.

A mpox é causada pelo vírus Monkeypox e sua transmissão ocorre por contato direto com pessoas infectadas ou superfícies contaminadas. O principal sintoma é a erupção cutânea em forma de bolhas, com duração de duas a quatro semanas. O alerta atual se deve à circulação da nova cepa 1b do vírus, já identificada no Brasil.

O sarampo, por sua vez, é uma doença viral altamente contagiosa, transmitida pelo ar por meio de gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar. Complicações podem incluir pneumonia, encefalite e infertilidade masculina. A reintrodução da doença no país motivou o alerta vigente.

A poliomielite ainda preocupa autoridades sanitárias pela possibilidade de propagação internacional. A infecção viral atinge principalmente crianças, podendo causar paralisia em casos graves.

As vacinas contra sarampo e poliomielite estão disponíveis gratuitamente na rede pública. Já para a mpox, em 2023, foi autorizado o uso emergencial da vacina Jynneos para grupos específicos. Um imunizante nacional contra a mpox está em fase de desenvolvimento pela Rede Vírus, com previsão de testes em humanos nos próximos anos.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.