São Paulo enfrenta nove casos de intoxicação por metanol em apenas 25 dias, segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
As ocorrências estão relacionadas à ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas, conforme informado pela secretaria.
Os casos foram reportados pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas, unidade de referência em toxocologia, e notificados à Senad por apresentarem padrões incomuns no curto período de tempo, diferindo de casos anteriores de intoxicação por metanol.
“Historicamente, intoxicações por metanol ocorreram por consumo de combustíveis em contextos de abuso, principalmente entre pessoas em situação de rua. No entanto, estas novas notificações envolvem ingestão em ambientes sociais, incluindo bares, e diferentes tipos de bebida, como gin, whisky e vodka”, informou o Ciatox.
Em 2023, o estado registrou um pico de casos entre pessoas em situação de rua, com 14 ocorrências. Entretanto, Campinas não registrou nenhum caso de intoxicação por metanol neste ano, segundo a Secretaria de Saúde local, que realiza ações de fiscalização contra o comércio ilegal de bebidas alcoólicas, incluindo inspeção recente em 130 estabelecimentos e 48 produtos.
O metanol é uma substância líquida, incolor e inflamável, usada em combustíveis, plásticos, tintas e medicamentos. Mesmo em pequenas doses, apresenta alto risco de intoxicação e pode ser fatal.