O Distrito Federal e Goiás registram crescimento nas hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causadas por Influenza A e Covid-19, segundo o último boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz.
Além dessas unidades, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Piauí também apresentam aumento nos casos. Pesquisadores classificam essa segunda onda de Influenza A como altamente atípica.
Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, destaca que o rinovírus tem impulsionado o aumento de SRAG em crianças e adolescentes em vários estados, enquanto o vírus sincicial respiratório contribui principalmente para casos em crianças de até dois anos. O pneumovírus tem sido relevante no Espírito Santo.
A Covid-19 também registra crescimento em hospitalizações por SRAG no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo. Em praticamente todas as faixas etárias acima de dois anos, a Influenza A tem influenciado o aumento de casos nessas regiões, com leve crescimento das notificações por Covid-19 em alguns estados do Sul, Mato Grosso do Sul e Bahia, sem impacto nas hospitalizações.
Ano epidemiológico
Em 2025, foram registrados 180.830 casos de SRAG, dos quais 53% tiveram resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios, 35,5% negativos e 5% aguardam resultado. Entre os casos positivos, 23,6% correspondem a Influenza A, 1,1% a Influenza B, 43,1% ao vírus sincicial respiratório, 26,9% ao rinovírus e 7,6% à Sars-CoV-2.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência foi de 13,6% para Influenza A, 1,8% para Influenza B, 15,1% para vírus sincicial respiratório, 44,5% para rinovírus e 17,7% para Sars-CoV-2.
