O Ministério da Saúde formalizou a criação do primeiro hospital inteligente do SUS no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. O projeto inclui também uma rede nacional de serviços de alta precisão, com a instalação de 14 novas UTIs em diferentes regiões do país e a modernização de centros de referência no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
O acordo firmado envolve o governo federal, a USP e o estado de São Paulo, responsável pela cessão do terreno. A iniciativa aguarda apenas as etapas finais de análise do Banco do BRICS, que deve financiar cerca de R$ 1,7 bilhão para a execução do plano.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a proposta avança graças à cooperação internacional com instituições de pesquisa, parceiros estratégicos e bancos de desenvolvimento. Ele destaca que tecnologias como inteligência artificial e sistemas avançados de informação têm papel central na modernização do atendimento.
A professora Ludhmila Hajjar, idealizadora do projeto, explica que o novo formato permitirá terapias mais rápidas e personalizadas, beneficiando especialmente pacientes em estado grave. Para ela, o modelo representa um avanço importante para a medicina de precisão no país.
A rede nacional de alta precisão integra o Programa Agora Tem Especialistas, que amplia a oferta de serviços especializados no SUS.
O projeto foi apresentado ao Banco do BRICS em março e ganhou apoio público em julho. Em outubro, acordos de cooperação foram firmados na China para reforçar o desenvolvimento tecnológico da iniciativa. Uma equipe técnica do banco já visitou a área prevista para a construção, e a assinatura do acordo de cooperação entre as instituições envolvidas finaliza a fase de avaliação.
