O terceiro e último dia da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), em Brasília, destacou a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado do câncer de mama e do câncer do colo do útero. A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, aproveitou a abertura do evento para reforçar a campanha do Outubro Rosa.
“O Outubro Rosa simboliza vida, esperança e cuidado. E esse cuidado no Brasil tem nome, o Sistema Único de Saúde”, afirmou a ministra, orientando mulheres a realizarem mamografias gratuitamente pelo SUS.
Câncer de mama
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) indica que o câncer de mama é o mais incidente entre mulheres no Brasil e a principal causa de mortalidade por câncer. Para o triênio de 2023 a 2025, são estimados 73.610 casos novos por ano, com um risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Em 2021, foram registradas 18.139 mortes. A detecção precoce, com apalpação regular e mamografia, aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento.
A recomendação do Ministério da Saúde é que mulheres de 50 a 69 anos realizem mamografia a cada dois anos, enquanto aquelas com risco elevado devem ter acompanhamento individualizado. Em 2022, o SUS realizou mais de 4,2 milhões de mamografias.
“O SUS garante mamografia gratuita para mulheres de 50 a 69 anos, promove campanhas de orientação e assegura que a informação chegue a todas as mulheres”, destacou a ministra.
Câncer do colo do útero
O câncer do colo do útero é o terceiro mais comum entre mulheres no Brasil, com estimativa de 17.010 casos anuais para o triênio 2023-2025. A principal causa é a infecção persistente por subtipos do vírus HPV. A prevenção é feita principalmente pela vacinação e pelo exame citopatológico (Papanicolau), recomendado a cada três anos para mulheres de 25 a 64 anos.
“O SUS fortalece ações de prevenção do câncer do colo do útero, garantindo acesso à informação e cuidados para todas as mulheres”, afirmou a ministra.
Pessoas idosas
Durante a conferência, também foi celebrado o Dia Internacional das Pessoas Idosas. Segundo o IBGE, o Brasil possui 32,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, sendo 55,7% mulheres. A ministra reforçou a importância de políticas públicas que promovam respeito, proteção e protagonismo para essa população.
“Cuidar das mulheres em todas as partes da vida é construir um Brasil mais justo. O cuidado é um dever coletivo do Estado”, declarou Márcia Lopes.
A delegada maranhense Maria Gorete Cruz, de 73 anos, participou da conferência e destacou a valorização da experiência de mulheres idosas e seu papel na construção de políticas públicas.
