Casos de hepatite aumentam 50% no Rio de Janeiro

O Rio registrou quase 500 casos de hepatite A em 2024, um aumento de 50% em relação ao ano anterior, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Fonte: CenárioMT

Casos de hepatite aumentam 50% no Rio de Janeiro
Casos de hepatite aumentam 50% no Rio de Janeiro - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, informou nesta quarta-feira (10) que os casos de hepatite A cresceram 50% em comparação ao ano passado. Apenas em 2024, já são quase 500 registros da doença na capital. O anúncio foi feito durante o Seminário de Saúde Suplementar, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo Soranz, a hepatite A é uma doença imunoprevenível, sendo recomendada a vacinação nos grupos indicados. “É bastante preocupante, inclusive com aumento de internações”, afirmou. Ele destacou que a transmissão ocorre por meio de alimentos, água contaminada ou relações sexuais, com maior incidência entre jovens com vida sexual ativa.

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O Ministério da Saúde aponta que a principal forma de transmissão do vírus é o contato oral-fecal, associado a falhas no saneamento básico, higiene pessoal e consumo de água ou alimentos contaminados. Embora raros, também podem ocorrer casos por acidentes percutâneos ou transfusões de sangue. Há ainda risco em situações de contato próximo, como em residências, instituições de longa permanência e creches.

Relatos indicam surtos em populações com práticas sexuais de maior exposição a resíduos fecais, o que aumenta o risco de transmissão. Em crianças, a infecção costuma ser leve, mas em adultos pode evoluir de forma grave. Em casos raros, a doença pode ter forma fulminante, levando à morte ou a complicações autoimunes severas.

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Planos de saúde em debate

O evento também abordou os altos reajustes nos planos de saúde. Lenise Secchin, diretora da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), afirmou que é essencial pensar em uma coordenação do cuidado, já que o uso desordenado de procedimentos eleva custos, refletindo nos reajustes. “A saúde não tem preço, mas a medicina tem custo”, destacou.

Ela lembrou ainda que o envelhecimento da população trará novos desafios. “Em 2030, segundo o IBGE, haverá paridade entre pessoas idosas e jovens. Isso impacta diretamente no setor, já que a sustentabilidade depende da contribuição mútua entre gerações”, afirmou.

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Gabriela Cordeiro Revirth, independente jornalista e escritora, é uma pesquisadora apaixonada de astrologia, filmes, curiosidades. Ela escreve diariamente para o Portal de Notícias CenárioMT para partilhar as suas descobertas e orientar outras pessoas sobre esses assuntos. A autora está sempre à procura de novas descobertas para se manter atualizada.