7 pistas para determinar a data exata da morte de Jesus

Fonte: CENÁRIOMT

Jesus - Fotos do Canva1 (3)
Jesus - Fotos do Canva1 (3)

A vida de Jesus está fundamentada em inúmeras fontes que demonstram, solidamente, a sua historicidade. O Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, “Fez-se carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade”.

É por isso que podemos conhecer com grande precisão muitos dados sobre a caminhada de Jesus no mundo, sobretudo graças aos Evangelhos canônicos, que ocupam o lugar principal entre estas fontes, «já que são o testemunho principal da vida e doutrina do Verbo Encarnado, nosso Salvador».

Assim, na Semana Santa celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, e uma das perguntas que as pessoas podem fazer é a data exata da morte de Jesus.

Em um artigo publicado no National Catholic Register, o escritor e apologeta católico Jimmy Akin dá algumas pistas para determinar com precisão quando este fato histórico aconteceu:

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1. O sumo sacerdócio de Caifás

Akin observa que, de acordo com os Evangelhos, “Jesus foi crucificado por instigação do sumo sacerdote do primeiro século chamado Caifás”.

“Sabemos por outras fontes que ele serviu como sumo sacerdote entre 18 e 36 d.C., de modo que isso coloca a morte de Jesus nesse período de tempo”, acrescentou.

2. O governo de Pôncio Pilatos

O escritor indica, além disso, que “os quatro Evangelhos concordam que Jesus foi crucificado por ordem de Pôncio Pilatos”, que serviu como governador da Judéia de 26 a 36 d.C., reduzindo o posto para 10 anos.

3. Depois do “décimo quinto ano de Tibério César”

“O Evangelho de São Lucas nos indica quando começou o ministério de João Batista: No décimo quinto ano do reinado de Tibério César. . . a Palavra de Deus veio a João, filho de Zacarias, no deserto [Lc 3,1-2]“, observa.

Akin acrescenta que este ano foi especificamente 29 d.C. e, dado que os Evangelhos apontam que o ministério de Jesus ocorreu depois que João Batista começou o seu, “a morte de Cristo teve que ser em um intervalo de 7 anos: entre 29 e 36 d.C.”.

4. Crucificado em uma sexta-feira

Akin lembra que os Evangelhos concordam que Jesus foi crucificado numa sexta-feira, “logo antes do sábado, que era antes do primeiro dia da semana (Mt 28, 1; Mc 16, 2; Lc 24, 1; Jo 20, 1)“.

“Sabemos que era sexta-feira porque é conhecido como ‘o dia da preparação’, ou seja, o dia em que os judeus estavam fazendo os preparativos necessários para o sábado, já que não podiam fazer nenhum trabalho naquele dia. Assim, eles cozinhavam de antemão e faziam as preparações necessárias”, observa ele.

O escritor ressalta que, de acordo com a Enciclopédia Judaica, a sexta-feira é chamada de ‘Ereb Shabat’ (A véspera do sábado), cujo termo ‘Ereb’ admite o significado de “tarde” ou “mistura”, mostrando que sexta-feira é o dia “onde começa o sábado, ou o dia em que a comida é preparada tanto para o dia atual quanto para os dias seguintes”.

“Isso elimina seis dos dias da semana, mas ainda havia bastantes sextas-feiras entre 29 e 36 d.C.”, disse ele.

5. Uma sexta-feira na Páscoa

“Os Evangelhos também concordam que Jesus foi crucificado na festa anual da Páscoa (Mt 26, 2; Mc 14, 1; Lc 22, 1; Jn 18, 39)”, observa Akin.

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O escritor ressalta que, de acordo com São João, na manhã da Sexta-feira Santa “as autoridades judaicas ainda não tinham comido o jantar de Páscoa”, mostrando que uma “Páscoa começando no que chamaríamos de sexta-feira à noite” será realizada.

Akin indica que dos 7 anos entre 29 e 36 d.C., apenas em dois o início da Páscoa foi celebrado numa sexta-feira, sendo estas datas na sexta-feira 7 de abril de 30 d.C. e na sexta-feira 3 de abril do ano 33 d.C.

6. As “Três Páscoas” de São João

O escritor observa que no Evangelho de São João são registradas três Páscoas distintas durante o ministério de Jesus: a primeira está em João 2, 13, perto do início do ministério do Senhor; a segunda em João 6, 4, no meio do ministério de Jesus; e a última em João 11, 55, no final do ministério de Cristo.

“Isso significa que o ministério de Jesus teve que abranger pouco mais de dois anos. Um tratamento mais completo revelaria que durou cerca de três anos e meio, mas mesmo que sumimos que começou imediatamente antes da Páscoa número 1, a adição de mais duas Páscoas mostra que durou mais de dois anos no mínimo”, diz ele.

Akin observa que este dado descarta a data de 30 d.C. como possível dia da crucificação de Jesus, porque “não há tempo suficiente entre o décimo quinto ano de Tibério César (29 d.C.) e a Páscoa do ano seguinte para acomodar um ministério de pelo menos dois anos”.

“Como resultado, a data tradicional da morte de Jesus, sexta-feira, 3 de abril de 33 d.C., deve ser considerada correta”, sublinha.

7. A nona hora

Akin afirma que “Mateus, Marcos e Lucas registram cada um que Jesus morreu por volta de ‘a hora nona'”, que no tempo atual seria por volta das 3:00 p.m.

“Isto permite-nos reduzir o tempo da morte de Jesus a um ponto muito específico da história: por volta das 3:00 p.m. de sexta-feira, 3 de abril de 33 d.C.“, conclui.

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