‘Tem pessoas que cortam o meu cabelo que são negras, amigos que são negros’, se defende suspeito de injúria racial no Mineirão

Fonte: G1

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Foto: Saulo Luiz/TV Globo

Os dois suspeitos de praticar injúria racial contra o segurança Fábio Coutinho, no Mineirão, disseram, nesta terça-feira (12), que querem se encontrar com o segurança Fábio Coutinho para pedir desculpas. Os irmãos Adrierre Siqueira da Silva, de 37 anos, e Natan Siqueira Silva, de 28, foram ouvidos no Departamento de Operações Especiais (Deoesp), na Região da Pampulha.

O fato ocorreu domingo (10), durante o clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, que acabou em pancadaria dentro e fora do estádio, com 65 detidos em Belo Horizonte. Os irmãos chegaram à delegacia nesta terça, por volta de 12h, acompanhados da advogada Aline Lopes Martins .

Natan negou que tenha chamado o segurança de macaco.

“De forma alguma, tanto é que eu tenho irmão negro, tenho pessoas que cortam o meu cabelo que são negros, amigos que são negros. Isso não foi da minha índole, pelo contrário. A forma que está circulando nas redes sociais, na imprensa, que eu dirigi a palavra a ele de ‘macaco’, de forma alguma eu falei aquilo. A palavra direcionada foi ‘palhaço’ e não ‘macaco’”, disse.

O irmão, Adrierre, cuspiu no segurança e em seguida gritou: “Olha sua cor!”. Nesta terça, ele disse estar arrependido.

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Excluídos de programa de sócios do Atlético-MG

No fim da tarde desta terça, a direção do Atlético-MG informou que os dois suspeitos foram desligados do quadro de associados do Galo na Veia, programa de sócio-torcedor do clube alvinegro (confira abaixo a íntegra da nota).

“O Clube Atlético Mineiro informa que os dois torcedores identificados pela Polícia Civil, acusados de praticar injúria racial no clássico do último domingo, pertenciam ao programa Galo na Veia, embora inadimplentes. De qualquer forma, ambos foram desligados do programa de sócio-torcedor do Clube.”