O Brasil deve registrar mais uma safra recorde de grãos em 2025/26, segundo projeção da 13ª edição do relatório “Perspectivas para a Agropecuária”, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (18). O estudo aponta que a produção pode atingir 353,8 milhões de toneladas, superando em 1% o resultado da temporada 2024/25, que foi de 350,2 milhões de toneladas.
De acordo com o presidente da Conab, Edegar Pretto, os números iniciais ainda são conservadores, mas indicam uma tendência clara de expansão. “Dia 14 de outubro apresentaremos o primeiro levantamento oficial da nova safra, com possibilidade real de novo recorde”, afirmou.
Aumento da área cultivada
A previsão é de expansão da área plantada, que deve passar de 81,74 milhões para 84,24 milhões de hectares em 2025/26. Apesar disso, a produtividade média nacional deve cair 2%, chegando a 4.199 quilos por hectare.
Soja e algodão em alta
A soja segue como destaque da produção agrícola brasileira, com estimativa de crescimento de 3,6% em 2025/26, alcançando 177,67 milhões de toneladas. Já o algodão deve registrar aumento de 3,5% na área cultivada e atingir 4,09 milhões de toneladas, novo recorde para a cultura.
Desempenho do milho
No caso do milho, a produção somada das três safras deve alcançar 138,3 milhões de toneladas, redução de 1% em relação ao ciclo anterior. A queda decorre da produtividade excepcional registrada em 2024/25, beneficiada por condições climáticas favoráveis.
Arroz e feijão
A área de cultivo do arroz deve encolher de 1,76 milhão para 1,66 milhão de hectares, reflexo do excedente gerado na safra passada. Já o feijão deve atingir 3,1 milhões de toneladas, volume suficiente para atender à demanda interna.
Resiliência no cenário global
A ministra substituta do Desenvolvimento Agrário, Fernanda Machiaveli, destacou o desempenho positivo da agricultura brasileira diante de desafios como mudanças climáticas e tensões geopolíticas. “O Brasil terá mais uma safra recorde, garantindo segurança alimentar interna e exportações estratégicas para o mundo”, afirmou.
    
    
    
    
    
							














