A Polícia Civil de São Paulo prendeu seis pessoas envolvidas em uma rede que adulterava e falsificava bebidas alcoólicas em diferentes cidades do estado. Um dos suspeitos também foi detido por porte ilegal de armas, além das práticas de falsificação.
Durante a Operação Poison Source, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara.
Segundo a delegada Leslie Caran Petrus, coordenadora da ação, as investigações começaram após um flagrante há cerca de dez dias, quando um dos maiores fornecedores de insumos e bebidas falsificadas do Brasil foi preso.
“Ele vendia garrafas com rótulos, tampinhas intactas e lacres, praticamente impossível de identificar a falsificação. Depois, descobrimos quem adquiriu esses produtos e estamos indo atrás deles hoje”, explicou a delegada.
Os presos agiam de forma associada, conscientes da falsificação das bebidas.
“Todos têm plena consciência de que falsificam a bebida e vendem por um valor bem abaixo do custo. Em alguns casos, adquirem garrafas, selos e lacres falsificados e envasam com bebida de menor qualidade”, detalhou Petrus.
As investigações também identificaram diversos pagamentos, mensagens e envios de insumos, com indícios de distribuição para outros seis estados.
Bebidas adulteradas
O delegado-geral Arthur Dian informou que, dos 20 locais vistoriados, 13 continham bebidas supostamente adulteradas. Alguns já passaram por testes preliminares, enquanto outros ainda serão analisados.
“Essa é mais uma operação entre muitas realizadas. Já foram mais de 12 estabelecimentos interditados e mais de 30 pessoas presas em casos de intoxicação por metanol”, afirmou Dian.
A operação integra ações do gabinete de crise do Governo de São Paulo, coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com apoio da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), visando combater intoxicações por metanol.