Na manhã desta quarta-feira (17), a Polícia Civil de São Paulo prendeu em Praia Grande um homem que é irmão de um dos suspeitos da execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. Ele foi levado para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro de São Paulo, apenas para averiguação, sem estar sujeito a um mandado de prisão.
Na terça-feira (16), a investigação identificou dois envolvidos no crime, sendo que um deles possui histórico criminal por roubo e tráfico de drogas. Durante o homicídio, dois veículos foram utilizados: um incendiado após o crime e outro abandonado, do qual a polícia coletou fragmentos de DNA e impressões digitais.
As evidências estão sendo analisadas pelo Instituto de Criminalística e cruzadas com bancos de dados criminais estaduais e federais. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou que as forças de segurança e inteligência continuam o trabalho investigativo, preservando detalhes para não comprometer a operação.
O cumprimento de oito mandados de busca e apreensão ocorreu na manhã desta quarta-feira, envolvendo o DHPP, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e a Seccional de Praia Grande. Dois mandados de prisão temporária foram emitidos pela Justiça.
“A prioridade máxima é solucionar esse caso. Temos várias linhas de investigação e nenhuma pode ser afastada. Uma pessoa já identificada tem reincidência criminal. Estamos trabalhando para que os responsáveis sejam exemplarmente punidos pela Justiça”, declarou o governador Tarcísio de Freitas.
Fontes, atualmente secretário de Administração de Praia Grande, foi morto por volta das 18h de segunda-feira (15), após perseguição que culminou em seu carro capotando. Câmeras de segurança registraram a ação, incluindo disparos de três homens armados que perseguiram o ex-delegado.
Histórico
Ruy Ferraz Fontes teve carreira de mais de 40 anos na Polícia Civil, atuando em divisões de homicídios, narcóticos e investigações sobre furtos e roubos a bancos. Foi diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP) e delegado-geral de São Paulo até 2022. Após a aposentadoria, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande em janeiro de 2023, permanecendo na gestão iniciada em 2025 com o prefeito Alberto Mourão.