O Mercosul concluiu um acordo comercial com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. As negociações, iniciadas em 2017, foram finalizadas durante a 66ª Cúpula do Mercosul em Buenos Aires.
O bloco sul-americano inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, além da Bolívia, em processo de adesão. Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, o pacto representa um avanço para as exportações industriais, resultado de oito anos de diálogo e articulação.
A EFTA, criada em 1960, reúne cerca de 15 milhões de habitantes e soma um PIB de US$ 1,4 trilhão. O bloco concentra países com elevada renda per capita, como Liechtenstein e Suíça, posicionados entre os mais ricos do mundo.
Em 2024, o mercado de serviços da EFTA foi um dos maiores do planeta, com importações de US$ 284 bilhões e exportações de US$ 245 bilhões, superando economias como Índia, Japão e Canadá em volume comercializado.
Embora as negociações estejam concluídas, o acordo ainda precisa ser ratificado internamente pelos países envolvidos. Paralelamente, o Brasil assume a presidência temporária do Mercosul para o próximo semestre, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva presente em Buenos Aires para as reuniões do bloco.