Mato Grosso — segunda-feira, 17 de novembro — Um novo levantamento divulgado pelo Observatório de Mato Grosso, em cooperação com o Senai MT, apresenta um panorama abrangente sobre o papel da juventude na economia estadual e revela avanços significativos na participação dos jovens no mercado de trabalho. O estudo mostra que o estado encerrou o quarto trimestre de 2024 com a menor taxa de desocupação juvenil do Brasil, índice estimado em 4,05%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Além do baixo índice de desocupação, o relatório destaca que a informalidade entre jovens está entre as menores do país, enquanto a participação dessa faixa etária nas atividades econômicas se mantém elevada. O cenário reforça a importância da força produtiva entre 14 e 29 anos para o desenvolvimento regional, especialmente num estado marcado pela expansão de setores estratégicos ligados ao agronegócio, logística e serviços — temas frequentemente abordados em análises econômicas disponíveis em CenárioMT Economia.
Perfil da juventude e distribuição etária
De acordo com o levantamento, 52% dos jovens residentes em Mato Grosso são mulheres. A escolaridade também ganha destaque: 44% já concluíram o ensino médio, etapa que, segundo os pesquisadores, funciona como porta de entrada para melhores oportunidades. A distribuição por idade mostra que 22,3% têm entre 14 e 17 anos; 40,3% estão na faixa de 18 a 24 anos; e 37,4% entre 25 e 29 anos. Essa composição reflete um estado que ocupa a 10ª posição nacional em proporção de jovens, reforçando seu peso estratégico no planejamento de políticas públicas.
O estudo também aponta que Mato Grosso figura entre as unidades da federação com melhores indicadores de participação juvenil, incluindo a quarta menor taxa de jovens fora da força de trabalho e a sétima menor de informalidade. Esses números ajudam a contextualizar o dinamismo do estado, que se mantém entre as três menores taxas de desocupação considerando toda a população, não apenas os jovens.
Mercado aquecido e novas exigências profissionais
A expansão econômica vivida pelo estado nos últimos anos vem produzindo transformações perceptíveis na estrutura do mercado de trabalho. Setores como indústria, tecnologia, agricultura e serviços especializados passaram a demandar trabalhadores mais qualificados, o que impulsiona também a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes — especialmente por instituições como o Senai MT.
Entre os 934 mil jovens contabilizados no estado, 41,9% estão empregados formalmente, número que corresponde a 391 mil trabalhadores. Outros 22,6% — cerca de 212 mil — atuam na informalidade. Um total de 32,8% se mantém fora da força de trabalho, enquanto apenas 2,7%, aproximadamente 25 mil jovens, estão desocupados. O desempenho positivo reforça o potencial de crescimento da economia mato-grossense, frequentemente retratada em conteúdos regionais como os disponíveis em CenárioMT Mato Grosso.
Para a gerente do Observatório, Vanessa Gasch, compreender quem são esses jovens e quais são suas expectativas é essencial para antecipar necessidades e ajustar estratégias de formação profissional. Ela destaca que os dados atualizados fornecem insumos importantes para políticas públicas, programas de empregabilidade e ações de inovação.
Educação como vetor de transformação
O estudo reforça que a continuidade escolar é determinante para o avanço profissional. Jovens que seguem estudando têm 5,7 vezes mais chances de crescimento na carreira, fator que reforça a importância do ensino médio completo e da qualificação técnica. A tendência também se reflete no aumento da procura por cursos profissionalizantes, alinhados aos setores que mais contratam no estado.
Para Carlos Braguini, diretor regional do Senai MT, o momento é favorável para quem busca formação. Ele ressalta que o Senai atua na convergência entre educação e empregabilidade, oferecendo programas voltados às demandas do setor produtivo e preparando jovens para desafios profissionais que exigem qualificação mais avançada.
O diagnóstico apresentado indica que Mato Grosso consolida-se como um dos estados mais promissores para a inserção juvenil no mercado de trabalho. Com baixa desocupação, forte participação econômica e crescente necessidade de capacitação, o estado se posiciona como referência nacional no desenvolvimento de oportunidades para a juventude — um movimento que reforça a importância de acompanhar indicadores econômicos e sociais, disponíveis em páginas como CenárioMT Cidadania.
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