Geólogos de universidades dos Estados Unidos e do Canadá registraram, pela primeira vez, a fragmentação de uma placa tectônica ao longo da costa oeste da América do Norte, nas proximidades da ilha de Vancouver. O estudo permitiu compreender melhor como essas estruturas interagem e pode servir de base para futuras pesquisas sobre terremotos e fenômenos geológicos.
A equipe, composta por 20 cientistas, utilizou um sonar especializado para escanear uma área de 75 quilômetros do solo oceânico. A falha estudada se estende desde o litoral canadense até a Califórnia, abrangendo parte significativa do Pacífico Norte.
Os resultados, publicados em artigos científicos entre junho e setembro de 2024, indicam que uma das placas está se fragmentando, o que reduz sua atividade, mas não elimina os riscos. A região continua altamente ativa e associada a vulcões e terremotos de grande intensidade.
Os pesquisadores classificaram a área como um “megasistema” ou zona de subducção, onde uma placa se sobrepõe à outra. Esse tipo de formação envolve energia colossal e gera fissuras profundas, tornando-se essencial para compreender a dinâmica do planeta.
O sistema é composto pelas placas Juan de Fuca e Explorer, que se movem sob a placa norte-americana. O processo, que avança lentamente, está fragmentando a placa Juan de Fuca e criando novas estruturas no leito oceânico. Os dados foram coletados durante o Cascadia Seismic Imaging Experiment (CASIE21), realizado em 2021 com financiamento da National Science Foundation dos Estados Unidos.


















