Estudo: 70% das crianças e jovens assintomáticos

Fonte: G1 SP

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A segunda fase do inquérito sorológico entre crianças e adolescentes, realizada pela Prefeitura de São Paulo, mostra que quase 70% das crianças infectadas pelo coronavírus são assintomáticas, ou seja, sete em cada dez crianças que testaram positivo não apresentaram nenhum sintoma da doença.

O mapeamento foi feito com seis mil crianças e adolescentes de 4 a 14 anos da rede municipal de ensino.

  • 69,5% das crianças e adolescentes testados são assintomáticos
  • prevalência aumentou de 16,1% para 18,3%
  • maior parte dos infectados faz parte da população preta/parda

“Nós tivemos aumento de prevalência das crianças que tiveram contato e produziram o anticorpo do vírus aqui na cidade. Tivemos aumento de prevalência em todas as faixas de idade. Um outro dado importante é que a proporção de crianças assintomáticas é de 69,5%, duas vezes maior do que as cidades que apresentaram sintomas”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.

O estudo também aponta aumento na prevalência da Covid-19 de 16,1% para 18,3% entre a primeira e segunda fase da pesquisa. Isto significa que subiu de 108.823 alunos que possuem o vírus do coronavírus para 123.624.

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Questionado se o aumento da prevalência significa que o vírus está avançando entre as crianças e adolescentes, o prefeito Bruno Covas (PSDB) disse que é uma pesquisa estatística.

“Só a terceira fase, só o terceiro inquérito realizado com as crianças vai confirmar se trata-se de um aumento, se nós vamos estar com 19 ou 20%, ou o mesmo número. Ainda é muito cedo pra cravar que é um aumento da prevalência na cidade de São Paulo.”

Perfil

A pesquisa também mostra que a cor é um fator preponderante nos casos de contaminação do coronavírus e a população preta e parda é a mais contaminada pela doença também entre as crianças e os adolescentes. O vírus está presente em 20% da população preta/parda e entre 16,1% dos brancos.

“Ainda uma prevalência em crianças da cor e raça preta e parda, onde temos 20%, mas sem uma diferença significativa em relação a cor e raça branca”, disse o secretário municipal da Saúde.

“Nós também constatamos, nesta fase, indivíduos com renda de classe D e E maior do que na classe C. Não houve aumento significativo em relação à fase anterior”, completou.