O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue, nesta sexta-feira (7), com uma série de reuniões bilaterais durante a Cúpula de Líderes da COP30, em Belém. Após encontros com representantes da França e do Reino Unido, Lula deve se reunir com os primeiros-ministros da Alemanha, Friedrich Merz, e de Portugal, Luís Montenegro, além do presidente de Moçambique, Daniel Chapo.
Os diálogos têm como foco o enfrentamento da crise climática e o avanço de políticas de preservação. Há expectativa de que a Alemanha anuncie sua contribuição ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), mecanismo que combina recursos públicos e privados destinados a países com florestas tropicais.
O TFFF já conta com o endosso de 34 nações que concentram cerca de 90% das florestas tropicais em países em desenvolvimento. A meta é mobilizar US$ 25 bilhões de países investidores para atrair capital privado e alcançar um total de US$ 125 bilhões em ações de conservação. O Brasil já se comprometeu com US$ 1 bilhão, enquanto Noruega, Indonésia, França e Portugal também anunciaram aportes.
A Alemanha manifestou apoio integral ao projeto, e o valor de sua contribuição deve ser discutido diretamente entre Lula e Friedrich Merz. Já os Países Baixos avaliam aderir ao fundo.
Encontros bilaterais
A agenda prevê a primeira reunião com o primeiro-ministro de Portugal no final da manhã, seguida do encontro com o premiê alemão no início da tarde. Mais tarde, Lula se reúne com o presidente de Moçambique.
Durante conversas anteriores na cúpula, Lula e o presidente francês, Emmanuel Macron, reforçaram a prioridade do combate ao desmatamento e à proteção das florestas. Também discutiram cooperação em defesa, ciência e tecnologia, além de ações conjuntas na fronteira com a Guiana Francesa para combater o narcotráfico e o garimpo ilegal.
Lula reafirmou ainda a intenção de concluir o Acordo Mercosul-União Europeia durante a presidência brasileira do bloco.
Em outro encontro, com o príncipe de Gales, William, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o destaque voltou a ser o TFFF. O príncipe elogiou a iniciativa e se comprometeu a promover o fundo internacionalmente, enquanto o Reino Unido reiterou apoio ao projeto.

















