A COP30, marcada para novembro em Belém (PA), terá uma força-tarefa dedicada a solucionar problemas com hospedagens para as delegações internacionais.
“Estamos atentos às preocupações dos países e precisamos garantir que todos consigam participar da COP”, afirmou o embaixador André Correa do Lago, presidente do evento.
O trabalho inicial focará nos 72 países dos grupos dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) e Países Menos Desenvolvidos (LDCs), antes de ser estendido às demais delegações.
Segundo Valter Correia, secretário extraordinário da COP30, 47 delegações já confirmaram participação com pagamento de hospedagem, sendo 39 por meio da plataforma oficial e oito negociadas diretamente com hotéis ou outras plataformas.
O anúncio ocorreu após reunião com o Bureau da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que discutiu questões organizacionais da conferência.
Subsídio
Alguns países solicitaram subsídio brasileiro para hospedagem, mas a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, descartou a medida. “Não há como subsidiar delegações de países, inclusive mais ricos que o Brasil”, declarou.
Ela reforçou que os planos de segurança, saúde e transporte estão alinhados às expectativas da ONU, e a acomodação será organizada pela força-tarefa junto às 190 delegações interessadas.
“Esperamos que os encontros bilaterais ajudem a destravar reservas e garantir a participação dos países”, completou.
Alguns ajustes já estão previstos, como o desmembramento de blocos de hospedagem para cobrir períodos menores de diárias.
Navios
Miriam Belchior informou que os transatlânticos contratados atenderão apenas o período oficial da COP30. Caso as negociações se estendam, delegações serão realocadas para hotéis disponíveis. “Os cinco primeiros dias da COP devem concentrar a maior demanda por acomodações”, acrescentou.