Caso de sarampo confirmado no Brasil está em monitoramento e sob controle

Para proteger a população, Ministério da Saúde reforça recomendação da vacina tríplice viral. Rio Grande do Sul recebe 120 mil doses para ampliar cobertura vacinal

Fonte: AgênciaGov

Caso de sarampo confirmado no Brasil está em monitoramento e sob controle - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Caso de sarampo confirmado no Brasil está em monitoramento e sob controle - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O estado do Rio Grande do Sul confirmou, no último dia 24 de janeiro, um caso importado de sarampo, procedente do Paquistão, sul do continente asiático. O paciente é uma criança menor de 5 anos, não vacinada, que chegou ao Brasil na última semana de dezembro de 2023, com destino ao município de Rio Grande.

Junto às secretarias municipal e estadual de saúde, equipes de vigilância em saúde e ambiente do Ministério da Saúde acompanham o caso confirmado por critério laboratorial e aguardam o resultado do sequenciamento genômico do vírus, em andamento no Laboratório de Referência Nacional da Fundação Oswaldo Cruz.

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Diante da avaliação da cobertura vacinal da região, 120 mil doses de vacina tríplice viral foram enviadas ao estado. O Rio Grande do Sul registra cobertura de 94% para a primeira dose e de 68% para a segunda dose. Já o município de Rio Grande apresenta 59% de cobertura para a primeira dose e de 47% para a segunda. Além dessa avaliação e do envio de novas doses, 36 pessoas foram vacinadas de forma oportuna, entre familiares, vizinhos e profissionais de saúde. Também foi realizada busca ativa de casos em dois hospitais e em 15 unidades básicas de saúde do município.

De acordo com o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Eder Gatti, o último caso de sarampo identificado no Brasil foi no ano de 2022 e não houve registros de casos da doença em 2023. Em consequência disso, o país passou pela avaliação de um comitê internacional e foi certificado como área livre de transmissão de sarampo. Contudo, a doença ainda circula internacionalmente e, eventualmente, pode entrar no País. “É algo que pode acontecer. Mas quando se identifica o caso, medidas são tomadas: identificação de casos secundários e vacinação de bloqueio. Medidas que já foram tomadas pelas autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul”, afirma Gatti.

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Para proteger a população, o diretor reforçou a recomendação da aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), oferecida gratuitamente pelas unidades de saúde municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças a partir de 1 ano até adultos de 59 anos.

“O Brasil precisa melhorar as suas coberturas vacinais e esse trabalho vem sendo feito. De 2016 para cá, as coberturas vacinais vêm caindo. Isso colocou a nossa população em vulnerabilidade e agora estamos trabalhando para recuperar essas coberturas. Em 2023 registramos melhoria, mas – para que a nossa população fique mais protegida – precisamos evoluir ainda mais. No Brasil, nós temos a vacina tríplice viral, que possui o componente de proteção do sarampo. O ideal é que as pessoas procurem a vacinação e coloquem a caderneta em dia”, disse o diretor.

Monitoramento

Durante o período da viagem da Ásia ao Brasil (Guarulhos/SP) e depois, Porto Alegre e Rio Grande, o caso não estava no período de transmissibilidade do sarampo. O monitoramento dos contatos está sendo realizado e, até o momento, não foram identificados casos suspeitos secundários. O município segue monitorando atendimentos com febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite.

Por: Ministério da Saúde

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Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.