O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta terça-feira (7) que os 13 brasileiros da Flotilha Global Sumud, entre eles a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), foram libertados pelas autoridades israelenses e levados até a fronteira com a Jordânia. O grupo está livre e sob assistência diplomática do Brasil em Amã.
Segundo o Itamaraty, diplomatas das embaixadas em Tel Aviv e em Amã acompanharam a operação, e os ativistas já estão sendo transportados para a capital jordaniana em veículo disponibilizado pela representação brasileira.
O Movimento Global à Gaza informou que a libertação foi comunicada ao Centro Jurídico para os Direitos das Minorias Árabes em Israel (Adalah) ainda na noite de segunda-feira (6). Todos os detidos foram retirados da prisão de Kesdiot, no deserto de Negev, região situada entre Gaza e o Egito.
Sem comunicação durante o trajeto
Os ativistas foram conduzidos pela Ponte Allenby/Rei Hussein até a Jordânia, sem possibilidade de contato com autoridades diplomáticas durante o percurso. O apoio consular brasileiro só pôde ser prestado após a travessia da fronteira.
A captura da delegação brasileira ocorreu no início de outubro, quando a flotilha tentava romper o bloqueio a Gaza levando ajuda humanitária em cerca de 50 embarcações. O Itamaraty classificou a interceptação, feita em águas internacionais, como ilegal e arbitrária, notificando oficialmente o governo de Israel por meio das embaixadas em Tel Aviv e Brasília.