O vice-presidente Geraldo Alckmin encerrou nesta quinta-feira (28) sua visita oficial ao México, avaliando positivamente os resultados da agenda, que incluiu encontro com a presidenta Claudia Sheinbaum no Palácio Nacional. O diálogo tratou de democracia, inclusão social e combate à fome, além de convites para a COP30 em Belém.
Comércio entre Brasil e México, que soma US$ 13,6 bilhões em 2024, deve ganhar novo impulso. Foram anunciados acordos que ampliam o acesso a mercados agrícolas: o Brasil exportará aspargos, pêssegos e derivados de atum, enquanto o México abrirá espaço para farinha de ração animal destinada a bovinos e suínos.
Outro ponto central foi a solicitação da manutenção do Pacote contra a Inflação e a Escassez (Pacic), que garante facilidades na importação de alimentos. O México, segundo maior destino da carne bovina brasileira, exige rastreabilidade individual do gado, medida que o Brasil se comprometeu a implementar sem suspender as vendas.
Além disso, avançaram as negociações para atualização do Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE 53), que prevê redução de tarifas de importação em cerca de 800 categorias de produtos. Também foram firmados entendimentos em vigilância sanitária e pesquisa de vacinas contra arboviroses, como a dengue.
No setor industrial, a Embraer fechou contrato para fornecer 20 aeronaves E190 e E195 à companhia estatal Mexicana de Aviación, e apresentou proposta de venda do cargueiro militar KC-390, que pode atuar em transporte, reabastecimento aéreo e missões humanitárias. Alckmin destacou ainda a presença da fabricante brasileira no México, onde mantém fábrica de componentes com mais de mil colaboradores.