Jararacuçu devora perigosíssima surucucu; ASSISTA

Fonte: CenarioMT

Ainda de acordo com o especialista, era uma sucuri fêmea com mais de 20 anos e ainda com alto poder de reprodutivo.
Ainda de acordo com o especialista, era uma sucuri fêmea com mais de 20 anos e ainda com alto poder de reprodutivo.

Uma jararacuçu (Drymarchon corais) foi flagrada devorando uma perigosíssima surucucu (Lachesis muta).

O flagrante é de extrema importância, pois se trata de uma cobra não peçonhenta, ou seja, sem veneno – a jararacuçu – se alimentando da maior serpente peçonhenta da América Latina – a surucucu.

A Jararacuçu-do-papo-amarelo é uma espécie considerada de grande porte, geralmente medindo de um a dois metros de comprimento, com dorso cinza a preto anteriormente e amarelado posteriormente. Não apresentam risco às pessoas, por não ser peçonhenta.

Apesar do nome sugerir uma alimentação especializada em aves, trata-se de uma espécie generalista, consumindo diversos tipos de presas.

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Em seu canal no Youtube, o Biólogo Henrique – O Biólogo das Cobras – comenta sobre o registro inédito. ASSISTA:

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A Surucucu

A surucucu (Lachesis muta), também é conhecida pelo nome de surucucu-pico-de-jaca a maior serpente peçonhenta da América Latina. O Brasil possui duas subespécies do gênero Lachesis: Lachesis muta muta e Lachesis muta rhombeata.

Seu gênero, Lachesis, é uma referência a Láquesis, uma das três Moiras mitológicas gregas que decidiam o destino dos seres humanos e deuses. Muta (“muda” em latim) é uma referência ao fato de a surucucu vibrar sua cauda, como a cascavel, sem, no entanto, produzir o ruído que esta produz.

A surucucu apresenta grande porte, chegando atingir 3,5 metros de comprimento.

Fosseta loreal bem aparente entre o olho e a narina. A dentição é do tipo solenóglifa. Porção dorsal da cabeça apresenta tom amarelo-alaranjado, com várias manchas escuras e de tamanhos irregulares.

O corpo também apresenta tons amarelo-alaranjados ou claro com manchas negras em forma de losangos mais claros no centro distribuídos ao longo do corpo. Escamas dorsais pontudas, o que lembra a casca da jaca. Ventre branco. Cauda curta, negrejada e com escamas eriçadas na ponta.

Acidentes com serpentes do gênero Lachesis, são chamados, acidentes laquéticos.

Acidentes ofídicos por Lachesis têm pouca frequência, porém com alto grau de severidade que se caracteriza por acentuado dano tecidual e efeitos sistêmicos como: hipotensão e bradicardia, tonturas, náuseas, além de cólicas abdominais e diarréia.

Representam cerca de 1,4 % dos acidentes que ocorrem por ano no Brasil.

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Ao contrário do que muitos acreditam, serpentes não vão intencionalmente até uma pessoa para picá-la. Os acidentes ocorrem porque as vítimas não percebem a sua presença e se aproximam demasiadamente.

Por isso quando se está em seu habitat natural, deve-se ter atenção redobrada, além de se estar devidamente calçado, com botas de cano alto ou perneiras de couro, botinas, sapato fechado, uma vez que, a maioria dos acidentes (cerca de 80%) ocorrem nos membros inferiores (pés e pernas).

Lachesis muta, vulgarmente conhecida como surucucu, surucutinga, surucucutinga, surucucu-de-fogo, surucucu-pico-de-jaca e cobra-topete, é a maior serpente peçonhenta da América Latina.
Cor amarela com manchas negras caracteriza o animal — Foto: Arquivo TG

Vive em florestas densas, principalmente na Amazônia, mas conhecem-se registros na literatura da presença desse animal até em áreas isoladas de resquícios de Mata Atlântica como na região de Serra Grande, entre os municípios de Uruçuca e Ilhéus, na Bahia.

A espécie Lachesis muta, está ameaçada de extinção, enquadrada na categoria de Espécie vulnerável (VU).

No estado da Bahia ocorre nos municípios de: Amargosa, Belmonte, Camamu, Entre Rios, Ibicaraí, Ilhéus, Itacaré, Maraú, Mutuípe, Pau Brasil, Piraí do Norte, Santa Cruz Cabrália, São Felipe, Teixeira de Freitas, Una, Uruçuca e Valença.

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