Uma mulher de 36 anos sobreviveu após ser sequestrada, espancada e baleada em uma área de mata em Várzea Grande, na tarde de segunda-feira (17). O ataque, atribuído a integrantes de uma facção, terminou com a fuga dos criminosos após acreditarem que ela estivesse morta.
Segundo o primeiro relato à polícia, a vítima foi capturada junto com a filha no início da tarde e levada encapuzada dentro de um carro. O grupo manteve ameaças constantes durante o trajeto até a área isolada onde as agressões ocorreram.
Sequestro, espancamento e tentativa de execução
Conforme informações registradas no boletim de ocorrência, a mulher relatou que, já dentro da mata, foi brutalmente espancada pelos criminosos. Um dos envolvidos teria feito uma ligação para alguém identificado apenas como um suposto líder da facção, que, segundo ela, autorizaria o ataque.
Logo após essa ligação, o mesmo suspeito sacou uma arma e efetuou quatro disparos contra a vítima — três no braço esquerdo e um na cabeça. Os agressores deixaram o local acreditando que ela não resistiria. Mesmo ferida, a mulher conseguiu pedir socorro e recebeu atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Ela foi levada ao Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande, onde permanece internada, consciente e fora de risco imediato, mas ainda com múltiplos ferimentos causados pelos espancamentos e pelos tiros.
Prisões e buscas continuam
Horas após o caso ser registrado, duas pessoas apontadas como participantes do sequestro foram presas no início da noite de terça-feira (18). As detenções ocorreram durante uma operação da Polícia Militar, que mobilizou equipes de inteligência e unidades táticas da região.
A PM informou que as diligências seguem em andamento para localizar outros suspeitos ligados ao ataque. As buscas também se concentram na localização da filha da vítima, que foi levada no mesmo momento, mas não foi encontrada junto da mãe. Equipes percorrem áreas de mata e pontos onde o grupo criminoso costuma atuar.
A Polícia Civil assumiu a investigação e trabalha paralelamente na identificação do suposto líder citado pelos criminosos durante a agressão. O caso é apurado como tentativa de homicídio qualificado, sequestro, tortura e envolvimento com organização criminosa — crimes previstos no Código Penal e na legislação específica sobre facções.
A corporação deve ouvir novamente a vítima, conforme sua recuperação permitir, e aguarda novas informações para avançar na identificação dos demais envolvidos. Segundo as equipes que acompanham a ocorrência, o foco imediato é localizar a criança e esclarecer a dinâmica completa do sequestro.
As informações utilizadas neste texto foram fornecidas pelas forças de segurança que atuaram no atendimento e na investigação.
