Dois dias após ser resgatado de uma caixa d’água, um homem de 59 anos voltou a colocar a própria vida em risco na manhã desta terça-feira (28), em Várzea Grande. Ele subiu em uma estrutura em obras do Pronto-Socorro municipal e acabou se jogando do local, sendo atendido imediatamente por equipes de emergência.
De acordo com informações iniciais, equipes do Corpo de Bombeiros, SAMU e Guarda Municipal foram acionadas rapidamente e prestaram atendimento ainda dentro do hospital. O homem estava consciente, recebendo cuidados médicos, mas o estado de saúde não havia sido detalhado até o fechamento desta matéria.
No último domingo (26), o mesmo homem havia mobilizado uma grande operação de resgate ao permanecer por mais de 14 horas sobre a caixa d’água de um supermercado no bairro Cristo Rei, também em Várzea Grande. Durante o episódio, ele ameaçava tirar a própria vida, o que exigiu intensa negociação das equipes de segurança e salvamento.
Naquela ocasião, familiares informaram que o homem faz uso de medicação controlada para depressão e vive separado da ex-esposa desde 2013. As filhas relataram ainda que há uma medida protetiva em vigor e que o pai tentou uma reaproximação recentemente, o que pode ter contribuído para o abalo emocional.
A cena do resgate anterior comoveu moradores da região, que acompanharam a distância o trabalho dos bombeiros. Em um dos momentos mais marcantes, um morador chegou a se ajoelhar, segurando um cartaz pedindo para que o homem desistisse da tentativa. Após horas de tensão, ele foi imobilizado e retirado em segurança, encerrando uma das ocorrências mais delicadas registradas na cidade neste mês.
Reincidência levanta alerta sobre apoio emocional
O novo episódio reacende o debate sobre a importância do acompanhamento psicológico e do suporte emocional a pessoas em crise. Especialistas destacam que ações rápidas de resgate, como as conduzidas pelas forças de segurança, precisam ser acompanhadas de assistência continuada para evitar reincidências.
Casos como este vêm sendo registrados com maior visibilidade em várias regiões de Mato Grosso, exigindo atenção integrada entre saúde pública, segurança e redes de apoio familiar. A ocorrência segue sob acompanhamento das equipes médicas e deve ser encaminhada aos serviços de atendimento psicossocial do município.
As informações são da própria unidade hospitalar e de equipes que participaram do atendimento emergencial.


















