A Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande confirmou nesta quarta-feira (15) que o caso suspeito de sarampo envolvendo uma criança de 9 anos foi oficialmente descartado. Exames de biologia molecular realizados por laboratório de referência não identificaram a presença do vírus, indicando que não há infecção ativa.
De acordo com informações da secretaria, a investigação epidemiológica e clínica apontou que o quadro da criança não possui relação compatível com o sarampo. O caso havia sido notificado no fim de setembro, após a paciente apresentar febre, manchas avermelhadas na pele, tosse e coriza — sintomas que levaram à adoção imediata de medidas preventivas.
Monitoramento reforçado e vacinação em dia
Mesmo com o resultado negativo, as autoridades locais destacam que a vigilância continua ativa em todo o município. Conforme levantamento da Secretaria de Estado de Saúde, Mato Grosso registrou um aumento de 18% nas notificações de doenças exantemáticas em 2024, o que exige atenção redobrada das equipes de saúde. “Cada caso suspeito é tratado com prioridade, pois o sarampo é altamente contagioso e pode se espalhar rapidamente em populações não vacinadas”, explicou a pasta em nota.
A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, com esquema vacinal definido por faixa etária. Crianças recebem duas doses obrigatórias até os 12 meses e aos 15 meses, enquanto adultos até 59 anos devem manter a carteira atualizada.
Contexto regional e prevenção contínua
O último surto de sarampo registrado em Mato Grosso ocorreu em 2019, segundo dados do Ministério da Saúde, quando foram confirmados 27 casos no estado. Desde então, campanhas de imunização e bloqueios vacinais ajudaram a interromper a circulação do vírus. No entanto, especialistas alertam que a queda na cobertura vacinal, observada em várias regiões do país, pode abrir brechas para o retorno da doença.
A Secretaria reforça que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção. “A imunização é um ato de proteção coletiva. Quando a comunidade está vacinada, o vírus não encontra espaço para se propagar”, destacou o órgão em comunicado público.
Os moradores que apresentarem sintomas suspeitos devem procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima para avaliação médica e notificação. O caso foi acompanhado pela Vigilância Epidemiológica Municipal e teve o resultado confirmado após análise laboratorial de referência estadual.
As informações foram confirmadas pela assessoria da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande.