Réu é condenado a 45 anos por morte de criança em Sorriso

Júri de Sorriso condenou Antônio Ramos Escobar por estupro, homicídio e ocultação do corpo da menina de cinco anos, cujo paradeiro segue desconhecido.

Fonte: da Redação

Réu é condenado a 45 anos por morte de criança em Sorriso
Foto: PMMT

A condenação a 45 anos de prisão imposta ao réu Antônio Ramos Escobar marcou o desfecho de um caso que há mais de uma década causa dor e revolta em Sorriso. O júri reconheceu sua responsabilidade pelo estupro, homicídio e ocultação do corpo de Sara Vitória Fogaça Paim, de apenas cinco anos, desaparecida desde 2010.

A decisão, tomada na última sexta-feira (14), ganhou peso ainda maior porque foi construída mesmo sem que os restos mortais da criança tenham sido encontrados, conforme informações do Tribunal do Júri da comarca local.

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De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, aceita integralmente pelos jurados, o crime ocorreu em junho de 2010, quando Escobar abordou a menina perto do Estádio Municipal Egídio José Preima. Segundo a acusação, ele se aproveitou do momento para conduzir a criança até uma construção onde trabalhava.

Dentro do imóvel, o réu praticou atos libidinosos caracterizados como estupro de vulnerável. Para impedir que a vítima o denunciasse, conforme sustentado pela acusação, ele a matou por esganadura e, em seguida, escondeu o corpo, impedindo que a família tivesse acesso ao sepultamento.

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A sentença foi detalhada pelo juiz Rafael Deprá Panichella, que presidiu a sessão do Júri. Ele fixou 32 anos pelo homicídio qualificado, baseado na forma cruel, no recurso utilizado para impedir a defesa da vítima e na intenção de assegurar a impunidade do crime sexual. Também estabeleceu 11 anos e 8 meses pelo estupro de vulnerável, além de 1 ano e 4 meses pela ocultação de cadáver.

A soma das penas resultou nos 45 anos de reclusão em regime fechado, considerados pela Justiça como a resposta adequada à gravidade dos fatos narrados no processo e confirmados pelo Conselho de Sentença.

A relação da comunidade com o caso

O desaparecimento de Sara marcou a rotina de Sorriso e sempre esteve ligado a buscas e tentativas de localizar o corpo. Em 2020, a Polícia Civil realizou escavações em diferentes pontos da cidade na tentativa de encontrar vestígios da menina, mas nenhuma evidência foi localizada na época, conforme informado pela corporação.

Durante o julgamento, o promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino, responsável pela acusação, afirmou que a atuação do júri representou a manifestação direta da sociedade diante de um crime que descreveu como bárbaro. Ele destacou que a ausência do corpo reforça a dor da família e prolonga o impacto emocional provocado pelo caso.

Próximos passos

Com a condenação confirmada, o processo segue agora para a execução penal, e a pena será cumprida em regime fechado. A sentença também encerra uma etapa longa e marcada por investigações complexas e pela dificuldade em localizar o corpo da criança, ponto que permanece sem solução.

O Ministério Público reforçou, após o julgamento, que continuará acompanhando o caso dentro das atribuições legais e destacou que a decisão do júri representa um marco de reconhecimento da gravidade dos crimes cometidos. A comunidade e a família, que há anos aguardam respostas, receberam a decisão como um avanço na busca por justiça. A informação é da Justiça da comarca de Sorriso.

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Criador de conteúdo especializado em jogos, tecnologia e notícias de Mato Grosso, é redator no CenárioMT e atua também como analista de TI. Desenvolve projetos de game design no tempo livre. Contato para pautas sobre Mato Grosso: [email protected]