Lumar Costa da Silva, o sobrinho que ganhou notoriedade nacional pelo ato brutal de matar a tia e arrancar seu coração na cidade de Sorriso (MT) em 2019, está de volta à prisão. A detenção ocorreu na última sexta-feira (14), apenas cinco meses depois de ele ter deixado o Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, em Cuiabá.
A nova prisão foi motivada pelo descumprimento das condições de desinternação impostas pela Justiça, que são cruciais para pacientes inimputáveis:
- Descumprimento: Lumar deixou a casa de seu curador (o pai, Gilmar Costa Silva) e abandonou o tratamento medicamentoso.
- Reincidência: Ele também foi denunciado por um crime de violência doméstica, configurando nova violação e risco à sociedade.
Diante da gravidade dos fatos, foi determinado seu retorno imediato à custódia.
Recambiamento e internação psiquiátrica urgente

O preso será transferido (recambiado) de São Paulo para Mato Grosso e deverá ser isolado no Raio 8 da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, um setor de segurança máxima.
A medida prisional é temporária. O juiz da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, Geraldo Fidelis, confirmou que a prioridade é a internação psiquiátrica direta no Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, destacando que o caso de Lumar é de saúde mental e o mais “emblemático” no estado.
Lumar foi preso em 3 de julho de 2019 após o assassinato de sua tia, Maria Zélia da Silva, 55, em Sorriso.
- Diagnóstico: Exames de sanidade mental atestaram que ele é portador de Transtorno Afetivo Bipolar Tipo 1.
- Decisão: Em 2021, o juiz Anderson Cândido homologou o laudo que o declarou inimputável, ou seja, legalmente incapaz de responder criminalmente por não ter condições de entender a ilicitude do ato no momento do crime.
- Saída: Após ser transferido para o hospital psiquiátrico em 2023, Lumar recebeu o alvará de desinternação em 18 de junho deste ano, com base em relatórios multiprofissionais favoráveis.



















